A juíza Maria Luiza Mello e Freitas, da 1ª Vara da Infância e Juventude de Teresina, destituiu a guarda das cinco crianças irmãs da garota de 4 anos que está internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) vítima de maus-tratos e abuso sexual. Elas estavam morando com uma avó.
Após a descoberta do abuso sexual contra a criança, que é surda e muda, os pais perderam a guarda temporária dos filhos, porém, na tarde de hoje, a juíza revogou a decisão e determinou que as cinco crianças (de 10, 9, 7, 2 e 1 ano) fossem levadas para um abrigo.
O diretor do Grupo Amigos da Vida (GAV), Miranda Neto, foi dar cumprimento a decisão no bairro Alto Alegre, onde a avó morava com as crianças. De lá elas foram levadas para uma casa de acolhimento em Teresina.
"Foi destituída a guarda da avó para dar mais segurança a investigação e para que as crianças tenham acompanhamento psicológico adequado", disse Miranda Neto.
Os cinco irmãos relataram ao GAV que presenciavam as agressões contra a irmã. "Eles têm muito medo da mãe. É um temor muito grande por terem visto toda a situação. Ela (mãe) mesma já admitiu que se descontrolou", afirmou Miranda Neto.
Sobre a decisão da juíza, ele comentou que a repercussão do caso contribuiu. "Como está tendo uma repercussão muito grande, a juíza entendeu que seria melhor que as crianças estivessem em um local seguro, onde possam ser acompanhadas por profissionais como psicólogos e assistentes sociais", afirmou, ressaltando que todas vão passar por exames.
Hoje, os laudos médicos confirmaram que a menina foi estuprada e sofre da Síndrome da Criança Espancada. Pessoas ligadas a família estão pedindo ajuda para melhorar a casa onde as crianças podem morar após o inquérito.
O Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Sexual (Samvvis) realizou exame para verificar a denúncia de abuso. Os pais da menina, Erinaldo Nascimento dos Santos e Leila Dayane da Silva Sales, foram soltos ontem após ser presos em flagrante.
Yala Sena e Lucas Marreiros (Flash)
Hérlon Moraes (Da Redação)
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