Erinaldo Nascimento dos Santos e Leila Dayane da Silva Sales, pai e mãe da menina internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) com suspeita de maus-tratos e abuso sexual, foram presos no final da manhã desta sexta-feira (11). Eles foram soltos na quarta-feira após uma audiência de custódia. Naquela ocasião, o laudo que confirmou o estupro da criança ainda não tinha  sido divulgado.

A decisão pela prisão preventiva do casal foi do juiz  Felipe Bacelar Aguiar Carvalho. Os dois estão na Delegacia de Proteção à Criança e o Adolescente. A prisão teve apoio de policiais do 11º Distrito Policial.

"Aquela pessoa que pensar que pode espancar, estuprar e vai impune, está enganado. O que foi determinante foi a questão do estupro", disse o conselheiro tutelar Djan Moreira.

A menina continua internada no HUT. Ela é surda e muda e foi encontrada com diversas marcas de espancamento no corpo.

Ontem, a juíza Maria Luiza Mello e Freitas, da 1ª Vara da Infância e Juventude de Teresina, destituiu a guarda das cinco crianças irmãs da garota. Elas estavam morando com uma avó e foram levadas para uma casa de acolhimento na zona Leste de Teresina.

Atualizada às 13h52 (horário local)

Em entrevista à TV Cidade Verde, o promotor Luiz Gonzaga Rebelo Filho confirmou que o mandado de prisão preventiva foi expedido após a comprovação do estupro da menor. "Pedimos a prisão preventiva e também foi coletado material para fazer exame de DNA e comprovar a autoria do estupro", informou. O promotor destacou que o Ministério Público está aguardando a polícia concluir o inquérito para oferecer denúncia ao casal. 

O casal poderá recorrer da decisão judicial, mas Luiz Gonzaga acredita que não conseguirão êxito. "É uma prisão preventiva, pode ser revogada a qualquer momento. Mas, o juiz inicialmente tinha negado a prisão e agora voltou atrás porque analisou os novos elementos", completou o promotor. 

 

Hérlon Moraes e Jordana Cury
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