Familiares dos quatros jovens que morreram em 2013 na queda de um avião no Aeroporto Petrônio Portela, em Teresina, ainda esperam das autoridades um laudo sobre o que teria acontecido na noite daquela segunda-feira, 16 de dezembro. Morreram no acidente Guilherme Rodrigues, Marcos Ronald Sousa Sá, que eram primos, além de  Marcus Escórcio e o instrutor Rodrigo Viana.

"Dois anos se passaram e a gente quer saber o que aconteceu. Eu sei que não vai trazer o Marcos de volta, não vai trazer esses rapazes de volta, mas a gente quer ter uma resposta", disse Araceles Escórcio, mãe de Marcus. O pai também desabafou.

"A pior coisa do mundo é você perder um filho nas condições que eu perdi. Dói muito", declarou Clésio Escórcio.

De acordo com os parentes das vítimas, o delegado que investiga o caso já foi mudado quatro vezes. João Filho perdeu o filho Marcos Ronald e o sobrinho Guilherme no acidente. Ele não se conforma com a falta de informações.

"Deem uma resposta para as famílias. Estamos ansiosos sem saber o que houve e para que os culpados sejam punidos", disse à TV Cidade Verde.

Ainda na época do acidente surgiram informações de que o avião apresentou falhas em um final de semana antes da queda e que foram feitos gambiarras para que voasse no dia da tragédia. Um técnico que teria vindo ao Piauí fazer a perícia relatou que um cilindro do avião estava com problemas.

"Veio um representante do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) com um ano e cinco meses do acidente. Eu gravei ele dizendo que o cilindro travou na subida do avião. Mas não temos isso documentado. Por causa disso, o avião perdeu força e caiu", relatou.

Dois jovens eram estudantes do curso de aviação. Marcos Ronald acompanhava o primo Guilherme no voo.

 

Hérlon Moraes (Com informações de Francisco Lima)
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