Cidadeverde.com

Quase 60% desaprovam alterações no trânsito de Teresina e MPF pedirá providências

Imprimir

59,21% dos cidadãos que responderam a consulta pública sobre as alterações promovidas no trânsito de Teresina desaprovam as mudanças. Foi o que constatou a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Piauí, órgão do Ministério Público Federal (MPF) autor da consulta.  

As perguntas foram respondidas por 630 pessoas de forma completa e 35 incompleta. 40,79% aprovaram as medidas adotadas.  A consulta foi lançada no dia 29 de outubro de 2015 e estará no inquérito que apura as mudanças no trânsito de Teresina, comandado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Piauí, Alexandre Assunção e Silva.  

A ação ainda não foi concluída, já que existem diligências que ainda estão em andamento e somente após a conclusão é que o procurador adotará as providências cabíveis.

Veja resultado da consulta:

Dentre os aspectos mencionados pelos cidadãos teresinenses, o único que atingiu aprovação da maioria foi a reorganização na região do bairro Marquês de Paranaguá, zona norte da capital. Das manifestações que mencionaram as mudanças promovidas naquela região, 28 pessoas julgaram que as medidas foram úteis à reorganização do trânsito em Teresina, enquanto 20 pessoas referiram-se às medidas como ineficazes.

Outro aspecto verificado nas opiniões diz respeito à criação das faixas semi-exclusivas para os ônibus. O item foi julgado como prejudicial ao trânsito, ressaltando-se que muitos dos que rejeitaram a medida o fizeram em razão de a Prefeitura de Teresina ter utilizado vias estreitas e com apenas duas faixas de trânsito para o estabelecimento das faixas semi-exclusivas para a circulação do transporte coletivo.

Como exemplo bastante significativo, foi citado o caso da Rua Anísio de Abreu, na região norte de Teresina. Dentre os que se manifestaram acerca da criação da faixa semi-exclusiva na referida rua, 30 desaprovaram a medida, enquanto 20 pessoas aprovaram. A criação das faixas semi-exclusivas também provocou a insatisfação de pessoas em outras regiões da cidade.

Na zona sul, as críticas mencionaram especificamente a Avenida Miguel Rosa e a Avenida Barão de Gurguéia. Dos que se referiram às duas avenidas, 20 pessoas desaprovaram a criação da faixa semi-exclusiva, ao passo que outros 16 cidadãos aprovaram a medida. Na região leste da cidade as menções foram especificamente à Avenida Presidente Kennedy. Dos consultados, 25 pessoas foram contrárias à medida, enquanto outras 18 pessoas foram favoráveis.

Ainda no que se refere ao transporte coletivo, o índice de desaprovação à qualidade/localização dos pontos de espera de ônibus é de 100%. Das 29 pessoas que se reportaram ao tema, a totalidade julgou que as medidas implementadas foram ineficazes e/ou inexistentes. 

Também houve unanimidade na desaprovação às alterações promovidas no percurso e nos pontos de espera dos ônibus intermunicipais. A totalidade das 23 pessoas que fizeram menção ao tema julgaram-no prejudicial à eficiência do trânsito. Houve ainda 12 opiniões que mencionaram a ausência de planejamento/debate público como prejudiciais à organização do trânsito.

Outras alterações bastante significativas dizem respeito àquelas promovidas na região leste de Teresina, com maior ênfase à Avenida Dom Severino. Houve 58 opiniões contrárias às mudanças empreendidas naquela via, especificamente no que diz respeito ao fechamento de retornos e rotatórias, enquanto outras 52 pessoas aprovaram tais mudanças como úteis à fluidez do trânsito na região.

Há ainda inúmeras referências às deficiências na sinalização. Um universo de 58 pessoas desaprovaram as mudanças na sinalização à dinâmica do trânsito, enquanto outras 26 pessoas aprovaram as alterações neste quesito. Por fim, verifica-se a total desaprovação à qualidade das vias públicas. Das 12 pessoas que se referiram ao tema, a totalidade condenou a pavimentação/conservação das ruas e avenidas da cidade.

Resposta da Strans 

A reportagem do Cidadeverde.com entrou em contato com assessoria da Superintedência Municipal de Trânsito (Strans) que disse que ainda não tiveram acesso a essa pesquisa, por isso não iria se posicionar. 

 

Da redação
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais