A rua Francisco Mendes, no bairro Cabral, foi totalmente isolada pela equipe do Corpo de Bombeiros. A água e a energia foram desligadas para evitar maiores acidentes. A rua está afundando e quatro casas estão com toda a estrutura comprometida.
A imprensa e os curiosos que estavam no local foram retirados pelo Corpo de Bombeiros, pois o risco de desabamento ainda é eminente. O geólogo da Agespisa, Esdras Pinheiro, afirma que as camadas geológicas estão se acomodando, por isso ocorreram as rachaduras.
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Esdras Pinheiro, geólogo |
Segundo ele, pela zona Norte da capital está entre dois rios, Poti e Parnaíba, é comum acontecer esses abalos, já que a região é cheia de cavernas que servem como uma ligação entre os rios.
As casas mais atingidas foram as de número 307, 311 e 317 que estão no Centro da rua e também o prédio da Apae, que foi atingido.
Uma das vítimas foi o vendedor Carlos André de Freitas, morador da casa 307, disse os estalos começaram por volta de 1 hora e pensava que era ladrão, quando saiu de casa viu as paredes e o chão rachando. Ele declara que correu para a rua juntamente com outros moradores, ligaram para os bombeiros e começaram a retirar as pessoas das casas e acionaram os bombeiros.
O presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Piauí), José Borges de Sousa Araújo, disse que um estudo deve ser feito para saber a profundidade da acomodação das camadas e somente após essa avaliação é que pode se tomar alguma providência.
Os técnicos concordam que o problema é parecido com o que aconteceu na rua Simplício Mendes, no Centro de Teresina, em 1999, onde várias casas desabaram e a rua afundou.
Flash de Conceição Santos
Redação Caroline Oliveira
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