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"Foi trágico e podia ter sido evitado", diz filha de turistas que caíram de pousada no litoral do PI

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Familiares do casal de turistas que despencou da varanda de uma pousada em Barra Grande, município de Cajueiro da Praia, disse que a tragédia poderia ser evitada. No último dia (30), dois médicos de Rio Verde (GO) caíram após se encostar na varanda de onde estavam hospedados para tirar uma foto. A obstetra  Leânia Garcia Teles saiu da UTI na manhã de hoje (04), enquanto seu esposo, o cardiologista Paulo César de Carvalho, permanece internado em estado grave. 

Nara Telles, filha do casal, conta que também estava na pousada no momento do acidente e revela que os pais caíram de costas. Os dois tiveram lesões na coluna e o médico ainda teve fratura na costela e o pulmão perfurado. 

"Quando aconteceu eu estava dormindo e minha avó estava com eles. Então, eu acordei e fui fazer o atendimento.  O Samu chegou cedo e isso foi um ponto muito positivo. O guarda-corpo era de madeira, que nunca é tão rígido como os que são feitos de outro material, mas não apresentava sinais de que ia ceder. Foi algo muito trágico porque foi uma falta de regularização de órgãos como os bombeiros e também de regularização de manutenção, que é algo tão simples que poderia ter evitado o acidente", disse a filha do casal em entrevista ao Jornal do Piauí. 

José Carlos- irmão do cardiologista- ressalta que, neste momento, a família está voltada para a recuperação do casal, mas critica a falta de manutenção da pousada e a autorização do local para funcionamento.

"Onde estão os laudos de vistoria do Corpo de Bombeiros e funcionamento por parte do município? Laudos que realmente atestem que o local tem condições de funcionar? Pelo que eu vi nas fotografias, aquilo foi feito sem o menor cuidado, sem pensar nas possíveis consequências. Criou-se uma condição insegura para qualquer pessoa que fosse lá. O Governo do Piauí tem que prover investimentos para resolver problemas estruturais. A pousada é privada, mas voltada para a oferta de serviços públicos e tinha que ser fiscalizada pelos órgãos competentes. Foi uma fatalidade, mas as condições do local contribuíram para o acidente. A pessoa não sai de férias para se acidentar. Sobre a questão de um possível indenização, acho que ninguém da família parou para pensar nisso. ", critica. 

O irmão do cardiologista acredita que o episódio ocorrido no litoral piauiense afaste turistas. 

"É um lugar com potencial turístico muito grande e acontecendo esse tipo de coisa fica ruim. As pessoas de fora daqui que sabem o que aconteceu, em sã consciência não vão mais a Barra Grande", acredita o irmão da vítima. 

 

Graciane Sousa
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