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Documentário fala sobre o ataque ao jornal francês “Charlie Hebdo”

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A Netflix adquiriu os direitos de exibição do documentário “Je suis Charlie”, sobre o ataque à redação do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, que culminou na morte de 12 pessoas, e irá disponibilizá-lo para assinantes de todo o mundo a partir desta quinta-feira, quando se completa um ano do atentado.

Dirigido por Daniel e Emmanuel Leconte, pai e filho, o filme foi exibido pela primeira vez no Festival de Toronto, em setembro, e conta com entrevistas de arquivo feitas com os cartunistas Cabu, responsável pela caricatura do profeta Maomé que foi usada como justificativa dos terroristas pelo ataque em Paris, e Charb, editor-chefe do “Charlie Hebdo”. Ambos foram assassinados naquele 7 de janeiro de 2015. O documentário tem ainda imagens de manifestações de apoio às vítimas pelo mundo, relatos de sobreviventes e comentários que contextualizam a importância do jornal.

Entre as participações, destaque para a da cartunista Corinne Rey, a Coco, que relembra como foi forçada a abrir as portas do “Charlie Hebdo” sob a mira de uma arma, e a do presidente da França François Hollande.

O diretor Daniel Leconte já tinha feito um documentário sobre o jornal satírico — “It’s hard to be loved by jerks”, de 2008 — e era amigo de alguns dos mortos no atentado, o que permitiu maior abertura para a realização de “Je suis Charlie”. Os Leconte chegaram a acompanhar o processo de criação da edição especial do “Charlie Hebdo”, publicada após o ataque — nesse ponto, a equipe admite que foi difícil ver um lado cômico para o caso e apresentar retratos pessoais dos cartunistas mortos.

Para os críticos que assistiram ao filme em Toronto, “Je suis Charlie” acerta em descrever a filosofia dos cartunistas, sua defesa apaixonada e irrestrita pela liberdade de expressão, pela sátira e pelo direito de fazer as pessoas rirem.

Fonte: O Globo

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