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Wesley Safadão quer título de música do carnaval na Bahia

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No carnaval baiano de 2016 uma das atrações mais esperadas pelos foliões não é do axé music. É o cantor cearense Wesley Safadão, que mistura forró com funk, sertanejo e axé, e durante o período faz uma dezena de shows. Só em Salvador são dois shows em camarotes e dois blocos no circuito Osmar (Barra-Ondina). Em entrevista exclusiva ao G1, ele falou sobre a expectativa para a festae o bom momento vivido na carreira. 

Wesley se apresentou pela primeira vez no carnaval de Salvador 2015 e surpreendeu ao puxar mais de quatro mil foliões no bloco Pirraça/Fecundança, além de uma multidão na pipoca. "Foi uma das melhores apresentações da minha vida. Teve uma repercussão enorme para a minha carreira e foi muito especial", afirma.

Ele admite que ficou preocupado na época, por nunca ter participado da festa, nem mesmo como folião. Mais experiente, esse ano ele desfila de novo com o bloco Pirraça na terça-feira (9) de carnaval. No mesmo dia, anima o público do camarote Villa Mix. Antes, agita os foliões do camarote do Reino, na sexta (5), e do bloco CocoBambu, quinta (4).

O artista está montando um repertório especial para a ocasião. Além de canções do axé, não vão faltar músicas dele que estão na boca do povo, como "Camarote", "Tô de boa", e a música de trabalho,  "Vem para o meu Lounge". Todas ganham novos arranjos para o carnaval, com instrumentos de percussão e ritmo mais acelerado, para se adaptar à folia baiana.

Ousado, ele aposta em "Aquele 1%", que gravou com a dupla Marcos e Belutti, como uma das candidatas à música do carnaval de Salvador. "Sei que tem chance de acontecer, pois é uma das mais executadas nas rádios do país. Mas sei também que a concorrência é forte. Os artistas da Bahia se preparam o ano todo para essa festa", comentou.

Sucesso

Durante o carnaval, Safadão fará shows em seis estados. Em média, são 25 shows por mês (muitas vezes dois por dia). A agenda lotada o impediu de aceitar convites de várias estrelas do axé para subir ao trio elétrico. Apesar da correria, ele não reclama. "Todo artista sonha com o reconhecimento do público e isso só é possível com muito esforço".

O trabalho de Wesley tem atraído pessoas de todas classes sociais e especialmente os jovens. Ele é um fenômeno de "memes" na internet. Os bordões usados nos shows se espalham pelas redes sociais, onde tem milhões de seguidores. Entre os mais populares estão "Quem vive de orgulho morre de saudade", e "Amor só de mãe, paixão só de Cristo, e quem quiser me amar que sofra". As músicas dançantes que falam de amor, farra e bebedeira são intercaladas por um grito de guerra: "Vai, Safadão!".

Apesar de brincar muito no palco, ele se considera tímido. "Sou um cara envergonhado, acredita? Acho que esse é meu 1% que quase ninguém sabe. No palco eu me solto mais e no outro dia fico me perguntando como tive coragem de falar algumas coisas, de dançar. Sou 'duro' para dança, mas tento".

Sempre conectado, Safadão interage com os fãs nas redes sociais e também nos shows. Pega celular das pessoas para selfies, grava vídeos, e atende a todos pacientemente. Para ele, o segredo de tanto sucesso é "muito trabalho, boa vontade e uma excelente equipe". Cerca de 100 pessoas trabalham diretamente com ele - entre os quais alguns familiares, como irmão, primo e mãe. Estima-se que o cachê dele esteja entre os cinco maiores do Brasil na atualidade - ele prefere não citar os valores cobrados por show.

Sonhos

Wesley reconhece que vive um grande momento na carreira e na vida pessoal. Casado, pai de dois filhos, aos 27 anos o cearense está prestes a fazer a fazer a primeira turnê internacional. Será nos Estados Unidos, no fim de fevereiro. "Esse é um sonho que vou realizar. Outra vontade muito grande que tenho é de cantar com Roberto Carlos", revelou.

Recentemente, o artista gravou uma música com Ivete Sangalo, realizando um desejo antigo. "Comecei a cantar há 13 anos e sempre quis gravar com ela, que tenho como referência".

Wesley admite que leva uma vida "bastante confortável", é dono de um jatinho - que só usa para trabalho -, porém, garante que mantém os pés no chão. "Minha família é humilde. Meus pais batalharam muito para sustentar eu e meus dois irmãos. Sei o valor que as coisas têm e o trabalho que dá para conquistá-las".

Fonte: G1

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