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Há 2 meses sem salário, terceirizados do CEM iniciam greve

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Os funcionários terceirizados do Centro Educacional Masculino (CEM) paralisaram as atividades e reclamam que estão há dois meses sem receber salários, devido ao fim do contrato firmado entre o governo e a empresa para a qual trabalham. 

"Além do salário atrasado por dois meses, também reivindicamos reconhecimento da classe e melhor estrutura. O CEM tem capacidade para 60 adolescentes, mas tem 109. São apenas sete socioeducadores por turno, mas a regra é ter um agente para cada três menores. Estamos trabalhando de forma ilegal", argumenta o socioeducador Marcelo Valadares.

O Centro Educacional Masculino é o principal local de internação de menores infratores no Estado. Com condições precárias devido à superlotação, os agentes reclamam ainda da falta de segurança. Hoje pela manhã, outros três adolescentes deram entrada no CEM, totalizando 112 internos.

"A realidade é que um agente tem que ir lá na cela e liberar 35 adolescentes sozinho. Os menores só não tiram a chave dos educadores por uma questão de respeito, mas no dia que eles quiserem, para matar um desafeto, eles fazem, porque não tem nada que impeça", disse um dos socioeducadores.

Em nota, a SASC (Secretaria da Assistência Social e Cidadania) informou que já solicitou a renovação do serviço, mas a Sead (Secretaria da Administração) ainda não autorizou. A Sasc disse ainda que a situação é preocupante e que os serviços realizados pelos terceirizados são essenciais. 

Em entrevista ao vivo para a TV Cidade Verde, o promotor da Infância e da Juventude Glécio Setúbal, declarou que tomou a greve de surpresa, mas que já havia sinais de que a situação chegaria a esse ponto. "Tentamos não tomar medidas enérgica em relação ao Estado, mas o número de educadores continua reduzido. A equipe continua reduzida e a gente entende as reivindicações dos servidores, que trabalham sem o mínimo de segurança e sem garantia de que vão receber salário. Eles não conseguem desenvolver as atividades exigidas e os adolescentes não são ressocializados, nem mesmo socializados", argumentou o promotor. 

Jordana Cury
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