Um levantamento publicado nesta sexta-feira (19) pelo jornal de Folha de São Paulo mostra que apenas dois em cada dez presos trabalham no Brasil. Os dados são do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça e referentes a junho de 2014. Em relação ao Piauí, segundo o estudo, apenas 10% dos presos trabalham. O índice está entre os mais baixos no país. Na ponta da tabela está Rondônia com 37% realizando alguma atividade.

Entre as oficinas mais comuns, segundo o Depen, está a de artesanato, corte e costura, panificação e marcenaria.

Segundo a Secretaria de Justiça do Piauí, a realidade é outra hoje no Estado. Comparado a 2014, a Sejus diz que o número de presos que trabalham nos presídios quadruplicou. Naquele ano, segundo nota da Secretaria, apenas 314 pessoas privadas de liberdade trabalhavam nas prisões. Em 2016 o número chega a 1.300.

"Levando em conta o número total de presos no sistema penitenciário do Piauí (cerca de 3.700), o número de detentos trabalhando nos presídios equivale, hoje, a um percentual de aproximadamente 35%", justifica a Sejus.

Para o secretário de Justiça Daniel Oliveira Valente, o trabalho interno é importante, ao fazer com que o preso ajude a arcar com sua própria despesa na prisão.

"Sem falar no benefício que o trabalho dentro da penitenciária fornece no tocante ao próprio processo de ressocilização, dando ao preso suporte para que, ao ser incentivado nas tarefas diárias, ele possa vislumbrar uma ocupação quando cumprir a sua pena e voltar para a sociedade", observa Daniel Oliveira.

Com informações da Folha
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