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CBF cria comitê para desviar foco de escândalos de corrupção

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Embora conte com o respaldo de alguns nomes importantes do futebol, o Comitê de Reformas lançado pela CBF na quinta-feira (18) é mais uma tentativa de desviar o foco do assunto recorrente na confederação nos últimos meses - o envolvimento de seus dirigentes em escândalos de corrupção.

Foto: Divulgação/CBF

Foi assim em junho de 2015, logo após a prisão do ex-presidente da entidade, José Maria Marin. Na oportunidade, a diretoria convocou assembleia para anunciar uma série de medidas em prol do futebol.

Várias delas não saíram do papel, como o Código de Ética da CBF, anunciado então com estardalhaço, mas que até hoje não é conhecido. Ele teria de ser aprovado pelo presidente Marco Polo Del Nero, agora licenciado do cargo por estar sob investigação da Fifa. O dirigente teria infringido o Código de Ética da entidade máxima do futebol. Além disso, ele foi recentemente indiciado pela Justiça dos EUA por crimes de corrupção.

O Comitê de Reformas da CBF vai ser presidido pelo secretário geral da entidade, Walter Feldman, o mesmo que orquestrou manobras que soaram na própria entidade como golpistas, com o objetivo de impedir que o vice Delfim Peixoto assumisse a presidência no caso de afastamento de Del Nero. Delfim pregava publicamente a punição severa para quem se beneficiou ilicitamente da  CBF e, com isso, criou adversários na confederação. Um deles, o próprio Feldman. Entre as várias bandeiras do novo comitê, uma chama a atenção.

A CBF promete publicar no site o seu estatuto. Enfatiza isso como um novo capítulo de transparência do futebol brasileiro. Há quase uma década, o mundo do futebol desconhece esse documento. Até mesmo presidentes de federações estaduais têm dificuldade de obter um exemplar dele. Agora, porém, ela se vê obrigada a fazer isso por uma única e simples razão - para seguir determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte.


Fonte: Terra

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