“A população tem que pegar e matar mesmo, porque o bandido vai preso hoje e amanhã está solto”, é o que pensa a autônoma Lúcia Helena Batista, moradora do bairro Pedra Mole, revoltada com a morte do vizinho e amigo Edilson Brito de Oliveira, 54 anos, na noite de ontem(28). 

Segundo ela, todos os vizinhos participaram do linchamento de Diego Martins de Sousa, 19 anos, suspeito do homicídio de Edilson Oliveira, que trabalhava em uma gráfica. 

A ambulante relata que estava em casa, em uma rua próxima onde o crime ocorreu. Ela foi até o local depois de ouvir sons de tiros. 

“Quando eu cheguei, eu vi o meu amigo Edilson baleado e o vagabundo do outro lado da rua. A população se revoltou e pegou ele. Isso serve de lição para aprenderem a não se meter com cidadão de bem. Sou católica, sei que todo mundo merece viver, mas ninguém tem o direito de tirar a vida de um cidadão de bem que era muito querido no bairro”, declarou. 

Daniel Pereira, presidente da Associação dos Moradores do bairro, destaca a situação de insegurança vivida pelos moradores e lamenta a perda de Edilson. 

“Ele tinha apenas um filho, mas tratava a todos como filhos aqui na rua. Ele estava numa comemoração com amigos como sempre fazemos aqui aos finais de semana e ai aconteceu uma tragédia dessas. A insegurança aqui é demais tem assaltos o dia inteiro, pedimos providências das autoridades e vamos fazer uma manifestação neste final de semana contra toda essa violência”, explicou. 

O protesto ainda não tem data definida para acontecer, mas deve ser realizado no sábado ou no domingo do próximo fim de semana, em forma de passeata com os moradores.  

O velório de Edilson Oliveira acontecerá na capela São Judas Tadeu, no bairro.  

Flahs de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
[email protected]