As dificuldades do esporte já são comuns para atletas ou até mesmo para o leitor. No entanto, em ano de Olimpíada ou Pan-Americano, a sorte muda por pelo menos alguns meses para quem integra a delegação brasileira. Atraídos pelo retorno de mídia, empresários patrocinam atletas para terem suas marcas mais visadas durante as competições internacionais. Não é o que acontece com quatro integrantes da seleção brasileira de judô.

 

Danielli Yuri, Eduardo Costa, Denílson Lourenço e a piauiense Sarah Menezes são os únicos entre os 13 judocas que não contam com patrocínios individuais. Todos os demais, além do apoio de seus clubes, empresas e amigos em nas regiões onde treinam (veja a lista abaixo). Todos ganham R$ 3.500 mensais da Confederação Brasileira de Judô - CBJ - e terão ainda prêmio por medalha em Pequim - R$ 50 mil ouro, R$ 30 mil prata, e R$ 20 mil bronze. No entanto, a falta da ajuda extra é sentida.

 

	Quem pode viver do Judô? Que judocas em Pequim contam com quais patrocínios
Judoca	Patrocinador	Clube
Sarah Menezes		Judô Expedito Falcão
Erika Miranda	Belodent	Minas Tênis Clube
Ketleyn Quadros	Belodent	Minas Tênis Clube
Danielli Yuri		Imes/São Caetano
Mayra Aguiar	GOL	Sogipa
Edinanci Silva		Imes/São Caetano
Denílson Lourenço		EC Pinheiros
João Derly	OI / Fundergs / Banrisul	Sogipa
Leandro Guilheiro	GOL	EC Pinheiros
Tiago Camilo	OI / GOL	Sogipa
Eduardo Costa		Imes/São Caetano
Luciano Correa	Belodent	Minas Tênis Clube
João Gabriel	Dominos	Gama Filho

 

O técnico Expedito Falcão confirmou ao Cidadeverde.com que só com a proximidade da Olimpíada surgiu um sinal para que essa situação mudasse. Há perspectiva de uma multinacional patrocinar Sarah por seis meses, o que só deve ser confirmado após os Jogos. O nome da empresa não é revelado, mas tudo indica que o contrato será fechado, e a mesma não pediu exclusividade. Com isso, a judoca pode contar com um projeto do Governo do Estado que está em andamento. Para não deixar o Piauí, Sarah terá patrocínio do poder público por quatro anos. 

 

Enquanto isso não ocorre, nomes como o bicampeão mundial João Derly contam com até três patrocinadores. Além do gaúcho, a empresa de telefonia OI apóia o também campeão mundial Tiago Camilo, que conta ainda com patrocínio da Gol. A empresa de linhas aéreas, por sinal, ajuda Leandro Guilheiro e Mayra Aguiar, outras esperanças de medalha em Pequim.