Dilma Rousseff apresentou nesta segunda-feira (04) sua defesa na comissão da Câmara dos Deputados que dará parecer pela continuidade ou não do processo de impeachment que ela enfrenta. O governador Wellington Dias (PT), mais uma vez, saiu em defesa da petista e afirma que não há motivos para pedir o afastamento da presidenta. 

O governador ressalta que Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade, o que a livra do pedido de cassação. As declarações foram dadas na noite de ontem(05), durante a inauguração do prolongamento da avenida Marechal Castelo Branco.  

"Eu tenho estado em Brasília, acompanhando junto ao Congresso, e sei que tem pessoas que têm divergências com a presidenta Dilma, defendem que precisam ter outras medidas em relação a economia, reconhecem-inclusive- que a presidenta se desgastou por conta da situação do Brasil dentro dessa crise internacional...Agora, nada disso é motivo para se cassar uma pessoa eleita pelo voto direto. Ela não cometeu crime de responsabilidade, nem nenhum outro crime", disse o governador do Piauí. 

Ao apresentar a defesa da presidenta, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse que a cassação do mandato de Dilma Rousseff equipara-se à intervenção da União nos estados e aos estados de sítio de defesa. Para ele, no presidencialismo, o impeachment só pode ser usado em "absoluta excepcionalidade institucional, justamente por força das garantias que marcam esse sistema de governo. Seria uma gravidade afrontosa aos princípios afrontosa aos princípios basilares do sistema", disse Cardozo. 

Sobre a defesa apresentada, Wellington Dias acredita que, cada vez mais, afasta-se a possibilidade de afastamento da petista do poder.

"Cada vez fica mais consolidado que não há razão legal para que haja um processo de impeachment", reitera. 

 

Graciane Sousa
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