A senadora Regina Sousa (PT) acredita na possibilidade da base governista ganhar a votação contra o impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) na Câmara Federal, que deve acontecer até o fim da próxima semana. Regina Sousa declarou que tanto defesa quanto oposição estão fazendo suas contas de votações e que o PT junto aos aliados já têm votos mais que suficientes para barrar o processo.

Para ela, a oposição não vai conseguir os 342 votos necessários para aprovar o impeachement, pois o PT e seus aliados já tem cerca de 200 votos dos 171 necessários para barrar o processo. O total de votos no plenário da Câmara é de 513.

Ela afirma que o PT ainda trabalha com a possibilidade de a base do governo ganhar na votação da Comisão Especial formada para analisar o impeachment. “O governo está fazendo as suas contas, todo mundo está fazendo. A avaliação é que a votação do relatório já era previsível desde que se formou a comissão. Quem ganhar, ganha por dois votos, então esses dois votos, daqui para segunda-feira têm que ser mudados para um lado ou para o outro. É possível que a gente possa perder na Comissão. Ainda se trabalha com a possibilidade de ganhar na comissão, porque na última hora se vota. Ainda não foi votado, então a gente tem como mudar voto ainda de algumas pessoas".

Ela acrescenta que o movimento contra o golpe cresceu muito, então é possível ganhar na Comissão, mas que o trabalho maior mesmo que está se fazendo é em relação à votação no Plenário. "Nessa a gente já tem a quantidade de votos necessários, a não ser que aconteça algum fenômeno que a gente não esteja prevendo, eles não vão ter 342 votos. A gente conta já com umas 200 pessoas que não votam pelo impeachment”.

Ela acredita que a votação vai acontecer na próxima sexta-feira, mesmo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), querendo estender o processo. “Agora o Eduardo Cunha quer esticar de sexta para sábado, domingo, mas acho que dá para votar na sexta, de noite, madrugada a dentro, mas dá para votar. Porque não tem mais o que discutir. Para se assistir outros discursos? Não tem sentido, é uma repetição. Para que? É melhor fazer logo", defendeu a petista.

 

 

Lyza Freitas
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