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Piauí avança seis posições no Ranking de Competitividade dos estados

O Estado do Piauí teve um avanço considerável no resultado do Ranking de Competitividade entre os estados brasileiros, pelo qual são analisados diferentes pilares essenciais para o desenvolvimento do país nos 26 estados e Distrito Federal. Dentre os pontos analisados estão capital humano, educação, eficiência pública, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, segurança pública, social, solidez fiscal, sustentabilidade, sustentabilidade Ambiental.

De acordo com o diretor-presidente da Piauí Fomento, Cézar Fortes, no último ranking, o Piauí apareceu na frente de seis estados.  “No ano de 2015, saiu o último resultado dessa seleção, e o Piauí aparece em 21° lugar, estando à frente do Acre, Pará, Amapá, Rio Grande do Norte, Sergipe, e Alagoas. Ultrapassamos seis estados, e isso mostra que estamos no caminho certo, e ainda temos muito no que avançar. Nós avançamos seis estados no espaço de poucos anos”, afirmou o diretor. 

Segundo os dados do ranking, entre todos os estados do Nordeste, apenas o Ceará e a Paraíba se mantiveram estáveis durante três anos de avaliação, permanecendo sempre em 15° e 18º lugar. Em comparação com 2011, subiram os estados do Piauí, do Rio Grande do Norte e de Alagoas. No mesmo período, caíram de posição os estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe. As quedas mais acentuadas do grupo foram a da Bahia, passando de 9º para 13º lugar, e do Maranhão, indo da 22ª para a 26ª posição.

Metodologia
Cézar Fortes explica que a seleção do Ranking de Competitividade dos Estados é um trabalho preparado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e Economist Intelligence Unit que passou a ser realizado em parceria com a Tendência Consultoria, a partir da edição 2015, quando foi preparada uma extensa análise metodológica e ampliação dos indicadores contemplados.

“Desde 2011, o Centro de Liderança Pública de São Paulo, junto com a Tendência Consultoria e a revista The Economist fazem o levantamento de todos os estados brasileiros no grau de competitividade. Dentre os estados, o Piauí, em 2011, era o 26°, ou seja, num total de 27 estados éramos o penúltimo colocado, estávamos à frente somente do Amapá”, explicou o gestor.

Pilares
Dentre os 10 pilares analisados no Ranking, o Piauí se destacou na infraestrutura - um conjunto de elementos que suportam uma estrutura de construção civil - e no potencial de mercado. “Nessa pesquisa, em relação às estradas, em termo de infraestrutura, nós estamos numa situação melhor em relação ao Brasil, estamos muito bem em relação às estradas, e esse é um lado que vai contrario ao que a gente vê constantemente na mídia. Outro ponto que nos destacamos claramente em relação à média brasileira é no potencial de mercado”, disse Fortes.

Investimento
O fato é comprovado pela empresária Iolany Galiza, que no ano de 2015 viu no potencial de mercado piauiense a possibilidade de implantar uma empresa de eventos no município de Esperantina, localizado a cerca de 200 km de Teresina, sonho hoje realizado. 

“Resolvi abrir minha empresa no interior, embora more na capital, porque achei uma oportunidade maior de entrar no mercado de eventos, pois lá é um nicho que está em crescimento. Muitas vezes, a população do município se deslocava até a capital em busca de locação de espaço para eventos e material de suprimento de festas, então tive essa visão de mercado, de dar essa facilidade à população de Esperantina. Além disso, um dos fatores que contribuíram para a realização desse sonho foi o fato de nossas estradas estarem em ótimas condições, e muito bem sinalizadas, o que facilita o acesso semanal até a cidade, assim como a construção do anel viário em José de Freitas e Barras, que facilitam bastante o deslocamento. Em cerca de 2 horas e meia, eu consigo chegar ao meu destino”, frisou a empresária.

Expansão do mercado 
Ainda segundo Cézar Fortes, apesar de o Piauí ser um estado com uma população pequena, mas com melhor distribuição da renda per capita, o número de consumidores aumentou consideravelmente, o que possibilitou a expansão de mercado.

“No Piauí, temos pouco mais de 3 milhões de habitantes, e a nossa capital tem em torno de 800 mil, e na Grande Teresina, que envolve a capital e municípios do entorno, cerca de 1 milhão. Apesar disso, o nosso mercado ainda é muito pequeno em relação a outros estados brasileiros, mas o que nos torna forte é que esse crescimento tem andado muito alto, especialmente em relação à distribuição de renda, que melhorou. Teve a chamada nova classe média, em que pessoas que não consumiam passaram a consumir muito, e isso melhorou o nosso mercado.  Em termo de crescimento de mercado, nós estamos em grande destaque no Brasil, e esse é um ponto extremamente positivo, ou seja, nosso mercado é pequeno e a sua taxa nos últimos anos tem sido muito grande, mas é isso que nos coloca muito acima da média brasileira, pelo potencial de mercado que a gente tem de crescimento”, destacou o diretor da Piauí Fomento.

O Ranking de Competitividade visa alcançar um entendimento mais abrangente dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, sendo uma ferramenta importante para consulta, na qual é possível identificar pontos de melhoria e definir os focos de atuação dos governos estaduais.


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