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Morte de autor levou Força Nacional a arquivar 52% dos inquéritos no Piauí

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A briga de gangue – com rival matando o outro por vingança, dívida ou herança por boca de fumo – é uma realidade cruel vivida em Teresina. É o que mostra o balanço divulgado nesta terça-feira (26) pela Força Nacional, que oficialmente encerrou as ações de nove meses no Estado. Pelo levantamento, 52% dos inquéritos foram arquivados porque os autores foram mortos. Outro dado impressionante é que 70% da motivação do crime são relacionados ao tráfico de drogas. 

Na sede da Acadepol, a Secretaria de Segurança Pública divulgou que 183 inquéritos foram concluídos com o apoio da Força Nacional.

Destes, 152 inquéritos foram envolvendo casos com arma de fogo, representando 83,1% dos crimes, 8,8% deles, envolveram armas brancas (16 crimes), outros dois foram indefinidos pelo uso dos dois tipos de arma, de fogo e branca, representando 1,1% e os outros 13 são inquéritos que incluem afogamentos e outros crimes 

Cerca de 70% dos crimes avaliados tem relação com uso e mercantia de drogas, cerca de 10% por vingança e 20% outras de latrocínio, passional ou indefinidos. A força ficou durante o período de nove meses de julho de 2015 a abril de 2016. Durante sua permanência a Força Nacional deu suporte aos distritos policiais assumindo inquéritos que estavam parados até o ano de 2014. 

Dentre os distritos auxiliados, três tiveram uma demanda maior a ser atendida - o 11º DP  liderou com 62 inquéritos representando 33, 9%, o 7º DP com 29 crimes, 15,9% e o 4º DP com 21 inquéritos, representando 11,5%

O promotor Ubiraci Rocha da 14ªvara do ministério público avaliou o trabalho da Força Nacional refletindo 
"Dependemos do trabalho eficiente da Polícia para podermos cumprir nosso dever  constitucional e o Ministério Público ficou satisfeito com o trabalho da Força Nacional por que sentimos que foram resgatados os procedimento investigatórios que estavam parados. Falo também da qualidade, por ser um trabalho de alto nível e tivemos alguns avanços em virtude desse trabalho", ressaltou o promotor.

O delegado geral de Polícia Civil Riedel Batista afirmou que sem a Polícia Civil estava precisando do apoio da força nacional. "Nós tínhamos uma demanda muito grande de inquéritos de homicídio e uma dificuldade de concluí-los e o foco principal foi esse por ser uma reprimenda. E a Força Nacional veio para ajudar e esperamos que haja uma renovação para que possamos agir em outros municípios do Piauí", concluiu Riedel.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Fábio Abreu, acredita que logo a Força Nacional voltará a atuar no estado. "Acredito que até a outra semana nós já tenhamos uma resposta sobre a volta da Força Nacional. Acredito que vamos renovar por mais seis meses para poder dar continuidade ao trabalho deles, principalmente nos municípios do interior do Estado", declarou.

Flash de Lucas Marreiros
Rayldo Pereira (Da Redação)
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