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IML conclui laudo sobre morte de garota por complicações de aborto

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O Instituto de Medicina Legal (IML) concluiu o exame cadavérico da adolescente Jaíssa Ravena Silva Oliveira, 13 anos, que morreu há duas semanas na Maternidade Dona Evangelina Rosa. Em entrevista para o Jornal do Piauí desta quarta-feira (04), o diretor do IML, Antônio Nunes disse que, embora não tenha sido possível apontar se houve ingestão de medicamento abortivo, a causa da morte foi apontada no laudo.

Segundo a Evangelina Rosa, a suspeita da equipe médica era de que Jaíssa Oliveira tinha tentado induzir um aborto. A menina chegou a maternidade com sangramento intenso e os médicos não conseguiram conter a hemorragia.

"Não foi possível apontar se ela ingeriu ou não o medicamento, até porque normalmente as pessoas quando procuram atendimento médico em uma situação dessas, elas passam um tempo em casa, tentando controlar a situação, e quando não conseguem é que procuram o hospital e com isso se perdem os elementos e as substâncias metabolizadas e excretadas e a gente perde a possibilidade de saber quais substancias estiveram ali", explicou Antônio Nunes.

Informações sobre a idade gestacional ou sobre quem seria o pai da criança que a menina estaria esperando não foram passadas para a imprensa. O diretor do IML não quis revelar a causa da morte da adolescente, revelou apenas que o laudo foi conclusivo e que a informação foi enviada para a polícia que investiga o caso.

"A gente se reserva a falar sobre isso, por conta de ter acontecido um aborto e haver certo sigilo neste sentido. Apontamos a causa, que é decorrente de complicações que ela teve, não há nenhuma dúvida, acreditamos que com isso seja praticamente suficiente para o delegado dar andamento ao restante do caso", finalizou.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), já que se tratava de uma adolescente menor de 14 anos. Sendo o pai maior de 18 anos, o homem pode responder por estupro de vulnerável, conforme prevê o código penal. O Conselho Tutelar também acompanha o caso.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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