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Heráclito nega conspiração contra Dilma e diz que alertou petistas

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB) negou nesta quarta-feira (10), que tenha usado sua casa em Brasília para reunir políticos e conspirar pela saída da presidente Dilma Rousseff (PT). Esta semana o deputado foi alvo de críticas da senadora Regina Sousa (PT) que lembrou em informações enviadas à imprensa que Heráclito alardeou de ter transformado sua casa em um quartel general do “golpe democrático”. Em entrevista à TV Cidade Verde, o parlamentar disse que seus encontros sempre foram abertos.

"Na sexta-feira eu estava com um grupo de deputados em casa, recebo o telefona do Waldir - que é meu amigo - pedindo para ir lá. Ele foi, juntou-se aos demais, almoçamos, e depois ele mostrou o desejo de dar uma palavra com o vice-presidente Michel Temer, até para tranquilizá-lo destes boatos que já existiam naquela data. Eu fiz a ligação e, por educação, saí de perto e não sei o que conversaram. Apenas sei que marcaram um encontro no domingo, mas não sei o assunto", explicou Fortes, que continuou sua defesa.

"Chamam estes meus encontros de conspiração, eu chamo de confraternização. Eu faço isso constantemente com as portas abertas. Não há nada enrustido. Quem só faz política e não faz negócios gosta de conversar política, eu estou entre eles", emendou.

Heráclito disse que ninguém pode acusá-lo de conspiração contra a presidente. Segundo ele, tão logo a presidente assumiu o 2º mandato, fez reuniões em sua casa com petistas alertando da falta de diálogo de Dilma com o Congresso, bem como de membros de sua equipe, como o ministro Aluizio Mercadante.

"Quem viveu estes dias não dirá jamais isso (que fez conspiração). As primeiras reuniões que fiz na minha casa foram com membros do PT para chamá-los atenção da decadência de um governo recém empossado. E que o afastamento da presidente Dilma estava fazendo com ela o que foi feito com o Collor. Ele disse com todas as letras: não tem como um governo se sustentar com a presidente Dilma dando coice nas pessoas e o Mercadante sem dar bom dia, sem dar boa tarde. As lideranças dos partidos do governo aqui na Câmara só estavam de ouvido. Não tinham orientação", declarou.

Para Heráclito, quando mais a presidente precisou se aproximar do Congresso, ela resolveu comprar uma bicicleta. Segundo o deputado, um instrumento de solidão.

"Quando ela precisava congregar ela comprou uma bicicleta. É um instrumento da solidão, que não quer conversar com ninguém. Nós começamos a conversar com o governo, tentando abrir uma janela para um mínimo de governabilidade possível pensando no país. Estamos vendo a economia caindo, a corrupção vindo à flora a cada momento. Ninguém sustentava essa avalanche promovida pelo juiz Sérgio Moro mostrando as vísceras do governo. Depois começamos procurar saída, inclusive jurídicas. Quem muito nos ajudou com os pareceres do impeachment foi o PT, quando pediu o impeachment do Collor e Itamar e Fernando Henrique", concluiu.

Hérlon Moraes
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