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Temer aposta em parcerias com iniciativa privada para criar empregos

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BRASÍLIA  -  (Atualizada às 19h22) O presidente interino Michel Temer defendeu a redução no tamanho do Estado, ao qual compete cuidar do essencial, como segurança, saúde e educação, mas que deve compartilhar o restante com a iniciativa privada. “Queremos incentivar de maneira significativa as parcerias público-privadas. Esse segmento poderá gerar emprego no país. O Estado não pode tudo fazer. Depende da atuação dos setores produtivos e dos trabalhadores”, afirmou.

Para garantir a empregabilidade, Temer declarou ser necessária a consolidação de projetos sociais também. Lembrou que o Brasil ainda é um país pobre e reafirmou que vai manter essas ações, como Bolsa Família; Pronatec; Minha Casa, Minha Vida; que, além disso, serão aprimorados, disse.

Temer discursou que é necessário acabar com o hábito de se interromper com tudo que o governo anterior fez. Aquilo que deu certo tem que ser aprimorado, ressaltou. O presidente interino garantiu que as reformas que serão feitas não alterarão os direitos dos brasileiros. 

Cerimônia


Em clima de celebração, Michel Temer fez o seu primeiro discurso no cargo em uma cerimônia repleta de convidados no salão leste do Palácio do Planalto. Ele deu posse aos novos ministros na mesma ocasião e reconheceu que o adequado para o momento seria uma “cerimônia extremamente sóbria e discreta, como convém ao momento" vivido pelo país.


Entretanto, Temer justificou o tamanho da cerimônia por conta do “entusiasmo nos colegas parlamentares, os governadores”. “Tenho absoluta convicção de que este entusiasmo deriva precisamente da longa convivência que nós todos tivemos ao longo do tempo”, prosseguiu.

 

Em seguida, ele destacou a palavra confiança como uma das mensagens do seu discurso. “Confiança nos valores que formam o caráter da nossa gente, na vitalidade da nossa democracia, na recuperação da economia nacional, nos potenciais do nosso país, em suas instituições sociais e políticas”. 

Confiança também na “capacidade de que unidos poderemos enfrentar desafios desse momento de grande dificuldade”, continuou.

Temer afirmou que dará proteção à operação Lava-Jato contra qualquer tentativa de enfraquecê-la. “A moral pública será permanentemente buscada por meio dos instrumentos de controle e apuração de desvios”, disse. “Nesse contexto, tomo liberdade de dizer que Lava-Jato se tornou referência e como tal deve ter prosseguimento”, continuou. 

Reformas

Ele também destacou a revisão do pacto federativo e as reformas trabalhista e previdenciária como “fundamentais” para o país. “Terei empenho nisso.” “Estados e municípios precisam ganhar autonomia verdadeira, sob a égide de uma federação real e não artificial como vemos atualmente”, complementou.

Já em relação às reformas da CLT e das regras previdenciárias, Temer reconheceu que elas são controvertidas e, por contas disso, prometeu que o processo será “balizado de um lado pelo diálogo e do outro pela conjugação de esforços”. A modificação pretendida terá como objetivo o “pagamento de aposentadoria e ageração de emprego, a busca da sustentabilidade para assegurar futuro”. “Quando editamos normas referente a essa matéria será pela compreensão da sociedade brasileira”, acrescentou.

Inflação

No discurso, Temer disse também que, nos últimos anos, a inflação causou incertezas. A alta dos preços, segundo ele, “atrapalha o crescimento e desorganiza a atividade produtiva”. “Faremos esforço extraordinário para remover a inflação dos últimos anos”, afirmou. Cercado pelos novos ministros que empossou nesta quinta-feira, o pemedebistacitou que “os segmentos menos protegidos” são os que mais sofrem com esta situação.

O presidente interino acredita que o “maior desafio” do seu governo é “estancar processo de queda livre na atividade econômica que tem levado ao aumento do desemprego e perda do bem estar da população”. “De imediato, precisamos também restaurar equilíbrio das contas públicas, trazendo evolução do endividamento do setor público para patamar de sustentabilidade ao longo do tempo”, disse. “Quanto mais cedo formos capazes de retomar sustentabilidade, mais rápido será retomar crescimento”, prosseguiu.

De acordo com ele, “o Brasil vive hoje sua pior crise econômica, são 11 milhões de desempregados, inflação de dois dígitos, déficit [fiscal] de quase R$ 100 bilhões, recessão e também grave situação da saúde pública”. Para tanto, analisou Temer, é “imprescindível reconstruir fundamentos da economia brasileira e melhorar ambiente de negócios para o setor privado de forma que possa retomar sua vocação natural de investir, de produzir e gerar emprego e renda”.


Fonte: Valor Econômico 

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