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Alunos e professores da Uespi ocupam Assembleia Legislativa em protesto

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Atualizada às 08h45 de 19/05/2016 

Os Alunos e professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) desocuparam o plenarinho da Assembleia Legislativa por volta das 19h30, depois de 10 horas de ocupação. De acordo com o professor Daniel Solon, do Comando de Greve da Uespi, eles saíram do espaço após a chegada do secretário estadual de Administração, Franzé Silva. Os manifestantes entregaram uma lista de reivindicações. 

No documento, alunos e professores pediram pelo pagamento de bolsas, realização de concurso público para 200 vagas, restaurante universitário em todos os campus, reposição das perdas Salarias de 25% para professores e de 35% para os técnicos, pagamento imediato das progressões e promoções bem como o pagamento do retroativo dos mesmos. 

“Nosso objetivo não era a ocupação da Assembleia. Os deputados não deram atenção as nossas pautas durante a audiência e, por isso, ocupamos. Agora, vamos se preparar pra outras atividades”, disse o professor. Após a entrega do documento, o Comando de Greve aguarda reunião com o Governo. 

Atualizada às 22h33

A coronel Júlia Beatriz, comandante do gerenciamento de crises da Polícia Militar, chegou no final da tarde desta quarta-feira (18) na Assembleia Legislativa, para tentar negociar a saída de estudantes, professores e técnicos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), que desde 9h da manhã ocupam o plenarinho da Casa. 

De acordo com Júlia Beatriz, está proibida a entrada de novos manifestantes, além de água e alimentos. O ar condicionado do plenarinho foi desligado e janelas estão fechadas - somente a porta de acesso ao local ficou aberta e monitorada pelos PMs.

"Nós conversamos com eles e entendemos as suas reivindicações. Eles querem se reunir para apresentar a contraproposta. Por isso, o secretário de Administração virá aqui conversar com eles", anunciou a comandante. Franzé Silva chegou no início da noite, recebeu as reivindicações e foi embora. Os manifestantes permaneceram na Alepi. 

Os manifestantes que ficaram do lado de fora colocaram no chão dezenas de quentinhas que foram compradas para os ocupantes do plenarinho. A PM não permitiu a entrada dos alimentos. 

Atualizada às 17h37

Estudantes e professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) ocuparam o plenarinho da Assembleia Legislativa após a audiência pública na manhã desta quarta-feira (18). Eles prometem dormir na sede do Poder Legislativo até que consigam uma nova reunião com o governador Wellington Dias (PT). A greve dos docentes completou um mês e a categoria reclama que está há três anos sem reajuste salarial. 

Os manifestantes ocuparam o local às 9h depois da audiência pública com o Governo do Estado, por considerarem que as negociações não avançaram. Eles aceitam a promessa de recursos para melhorias na Uespi, mas reivindicam um plano que especifique os investimentos feitos na instituição e garanta a aplicação do dinheiro no que foi prometido. 

"Na verdade a ocupação é uma estratégia para a gente ser ouvido pelo Governo do Estado, pelos deputados, que fazem ouvido de mercador com relação as pautas do movimento grevista da Uespi. (...) Iremos dormir aqui, iremos ocupar até que sejamos recebidos pelo governador novamente e que ele retroceda com relação a pauta que nós estamos discutindo", disse o diretor de assuntos sindicais da Associação dos Docentes da Uespi (ADCESP), Sergiano Araújo.

O ato é acompanhado por alguns policiais militares, que permanecem do  lado de fora do plenarinho. A imprensa tem acesso livre ao local. Alguns manifestantes que deixaram a Assembleia tiveram sua entrada barrada ao retornarem, mas continuam na sede do Poder Legislativo. Do lado de dentro, os ocupantes gritam palavras de ordem e cantam músicas de protesto.

Por um momento, os ocupantes conseguiram passar para dentro do prédio garrafas de água e pacotes de biscoito. A Polícia Militar percebeu e alertou que isso não seria permitido. Em seguida, os PMs formaram uma fileira no local onde os produtos estavam sendo entregues. 

Razões do protesto
A estudante de Direito Hithalla Kratza, do campus de Picos, é uma das cerca de 60 pessoas que ocuparam o plenarinho. Segundo ela, a situação é tensa, pois muitos estariam há horas sem comida e água. 

"Nós tentamos pegar comida e pedimos que nos deixassem entrar, educadamente. Mas fomos recebidos de forma truculenta, tomaram a comida da gente e jogaram fora", denuncia a estudante. "Mas mesmo com muita fome e muita sede, a palavra de ordem é permanecer até que consigamos um canal de comunicação (com o Governo)."

Professores e alunos esperam que a mobilização propicie uma nova oportunidade de que os mesmos se reúnam com o governador Wellington Dias (PT), para que as reivindicações do movimento sejam feitas. Elas vão desde investimentos estruturais a contratação de professores e reajuste na remuneração. 

Mais cedo, durante audiência pública na própria Alepi, o secretário de Governo, Merlong Solano, reapresentou a proposta da semana passada, que inclui pagamento de progressões aos professores. O Estado afirma que a crise financeira impede que todas as reivindicações dos docentes sejam atendidas de imediato. 

O estudante de Medicina Jônatas Dias, de Teresina, destaca que faltam livros e materiais importantes para a formação dos cursos da área da saúde. "No campus de saúde da Uespi faltam sala de aula, uma biblioteca atualizada, laboratório, reagentes. A quantidade de técnicos é insuficiente. Isso tudo compromete, além da formação básica, a pesquisa científica", declarou.

Lucas Marreiros (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (da Redação)
[email protected]

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