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Defesa quer tirar júri do garçom da comarca de Piripiri

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Garçom João Fidelis, morto em 2010 em Piripiri

 

A defesa do radialista Ivan Carlos Carvalho Panichi, acusado de atropelar e matar o garçom João Antônio dos Santos, conhecido como João Fidelis, em Piripiri, quer tirar, daquela cidade, o júri popular que julgará o crime de repercussão nacional e que chocou a cidade. 

O acidente, ocorreu por volta das 7h do dia 11 de setembro de 2010. Segundo testemunhas, o radialista Ivan Panichi, dirigia uma caminhonete modelo L200 quando colidiu violentamente com a moto que era pilotada pelo garçom, no entroncamento das BR's 222 e 343, que morreu no local.

O agravante é que, após a morte de João Fidélis, demonstrando indiferença ao fato e sinais explícitos de embriaguez, o acusado desdenhou da família da vítima e de populares que presenciaram o crime, indo beber em um bar nos arredores do ocorrido. Ele foi preso no bar pela Polícia Rodoviária Federal, pagou fiança e foi liberado.

O defensor Ezequiel Cassiano de Brito, advogado de Ivan, entrou com processo de desaforamento de julgamento (que é um pedido de transferência de local do júri popular para uma outra cidade). O relator é o desembargador José Francisco do Nascimento, que já determinou pedido de informações junto ao juiz da comarca de Piripiri, a fim de que o magistrado preste, em 10 dias, esclarecimentos sobre os fatos alegados pela defesa.

Para os parentes do garçom trata-se de mais uma tentativa da defesa do réu de livrá-lo de um julgamento justo por quem verdadeiramente sentiu o impacto do crime: a sociedade piripiriense.

“A Justiça do Piauí andou muito bem e foi, inclusive, referência nacional, quando entendeu que o bárbaro crime que vitimou meu pai, apesar de ter sido na condução de um veículo, se enquadrou como homicídio doloso, haja vista a conduta do homicida, que estava embriagado, com várias garrafas de bebidas no carro e, mesmo depois do ocorrido, ainda desacatou policiais rodoviários e foi beber em um bar próximo ao corpo de meu pai, mostrando total indiferença ao fato”, afirma Georliton Alves, filho da vítima.

Alves reforça que a família da vítima continua apostando na seriedade e discernimento da Justiça piauiense, que vai dar um grande exemplo a ser seguido pela jurisprudência nacional.

Georliton Santos, filho do garçom 

“Faz tempo que a defesa do réu vem tentando, sem efeito, impedir um julgamento exemplar do fato, ou mesmo maquiar a realidade do que aconteceu. O povo de Piripiri é pacato, ordeiro, educado e a única coisa que exige é que o réu seja punido com rigor pelo crime que cometeu. Portanto, não há motivo nenhum para que o Júri Popular não ocorra na cidade. Tudo é invencionice do advogado de defesa. Quem deve julgar um crime é a sociedade que sofreu com ele”, finaliza Georliton.

 

Flash Yala Sena
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