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Brasil perde feio da Argentina e disputa o Bronze

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O sonho do inédito ouro olímpico do Brasil no futebol foi adiado mais uma vez. Com atuação decepcionante, a seleção de Dunga foi derrotada com certa facilidade pela arqui-rival Argentina por 3 a 0 nesta terça-feira no estádio dos Trabalhadores, em Pequim, e ficou sem a vaga na final dos Jogos, que reunirá argentinos e nigerianos. O baixinho e veloz atacante Sergio Aguero anotou dois gols, enquanto que Juan Roman Riquelme completou o triunfo em cobrança de pênalti.


Restará à seleção masculina do país a tentativa de prêmio de consolação na disputa do bronze com a Bélgica, equipe derrotada pela Nigéria na outra semifinal desta terça (4 a 1). O duelo com os belgas acontece na sexta-feira em Xangai.

O triunfo desta terça-feira derruba o recente domínio brasileiro em partidas decisivas contra os maiores rivais, pelo menos nesta década. Antes da derrota por 3 a 0 em Pequim, a seleção havia batido a Argentina em duas finais de Copa América (2004 e 2007) e em uma de Copa das Confederações (2005).

Pouco combativa, a seleção brasileira foi inferior aos rivais argentinos durante toda a partida. Os atuais campeões olímpicos jogaram pelo chão e envolveram com eficácia o sistema defensivo adversário e o meio-campo.

A vantagem foi total dos baixinhos Aguero e Messi (1,72 m e 1,69 m, respectivamente) contra os 'grandalhões' da defesa brasileira, que tem como expoentes de altura os zagueiros Alex Silva e Breno (1,92 m e 1,87 m).

Aguero fez a festa contra a defesa brasileira e selou a vitória argentina com dois gols no começo do segundo tempo, em jogadas semelhantes: desvio no meio da área rival após cruzamentos rasteiros das pontas, um de cada lado - assistências de Di Maria e Zabaleta.

Mais tarde, Riquelme selou a classificação dos argentinos à final em cobrança de pênalti, quando a seleção já não esboçava mais reação.

A estrela de Ronaldinho Gaúcho voltou a deixar a desejar, apesar das tentativas de quebrar a estrutura de defesa adversária com dribles de efeito no meio-campo. O meia-atacante esteve distante de Sobis, errou passes em excesso e foi parado pela marcação facilmente argentina na lateral esquerda do setor ofensivo.

No primeiro tempo, a Argentina ameaçou a meta de Renan em inúmeras oportunidades, em sucesso na incursão à área brasileira através de trocas de bola pelo chão e apoiada na individualidade de Messi e Aguero. A defesa da seleção ainda apresentou dificuldades fazer o jogo chegar até o meio-campo.

Isolado na frente, Rafael Sobis praticamente não pôde jogar. As tentativas de fazer a bola chegar à referência de ataque brasileira vinham de chutões da defesa, que invariavelmente não deram resultados.

Em desvantagem no marcador no segundo tempo, após os gols de Aguero, Dunga resolveu mandar a equipe para frente, com as entradas de Alexandre Pato, Jô e Thiago Neves. No entanto, os brasileiros não conseguiram criar oportunidades de gol sofreram com o andamento do relógio, até o fim da partida.

O Brasil chegou até a balançar as redes, com Alexandre Pato em rebote de falta de Ronaldinho. Mas a arbitragem assinalou o impedimento do atacante com correção. Sem vibração, o time de Dunga ainda cedeu mais um gol aos rivais, em pênalti convertido por Riquelme.

Classificada para a decisão, a Argentina terá a honra de ir ao principal palco dos Jogos de Pequim, já que a final contra a Nigéria está marcada para o próximo sábado (1h da manhã, horário de Brasília) no estádio Olímpico, conhecido como Ninho de Pássaro, palco da cerimônia de abertura e do atletismo.

Por sua vez, o Brasil se encaminha para a disputa do bronze, em jogo de consolação contra a Bélgica, na sexta. Pouco para uma seleção que cruzou o mundo com o ouro na cabeça, mas talvez o justo para uma preparação acidentada e improvisada.
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