Cidadeverde.com

Justiça determina prisão de suspeito de matar advogado em Barras

Imprimir


Kelson Dias Feitosa foi morto a tiros em seu escritório

O juiz Thiago Coutinho de Oliveira, titular da Vara Única da Comarca de Barras, decretou a prisão preventiva de Francisco de Sousa Rosa, suspeito de executar o advogado Kelson Dias Feitosa na manhã de ontem (13) em Barras (119 km de Teresina). O delegado Dennis Sampaio pediu a prisão, ressaltando a forma dolosa e premeditada do crime.

O advogado Kelson Feitosa foi morto com dois tiros no escritório de sua residência, onde trabalhava no momento. O suspeito é sobrinho de um cliente de Kelson e estava sendo processado pelo advogado. À polícia, informalmente, ele confessou o crime e disse estar sendo perseguido pelo advogado.

O tio do suspeito tinha processos contra ele por golpes e questões financeiras. O delegado Dennis informou que Kelson atuou em processos contra Francisco em mais de uma comarca. Após o crime, Francisco foi até a casa de seu tio e o agrediu com coronhadas. Depois, se entregou à polícia, entregando a arma do crime. 

Na decisão, o juiz Thiago Coutinho de Oliveira disse haver gravidade em concreto do delito foi acentuada de forma peculiar, pois voltada contra a vida do advogado no exercício da profissão.

Assim, foi determinada a prisão preventiva do acusado Francisco de Sousa Rosa para a garantia da ordem pública, determinando ainda a transferência para a Penitenciária de Esperantina.

OAB nacional terá reunião com Fábio Abreu

O presidente da Comissão Nacional em Defesa das Prerrogativas dos Advogados da OAB, Jarbas Vasconcelos, está em Teresina nesta terça-feira (14), onde se reunirá com o secretário de segurança, Fábio Abreu. O presidente vai conversar sobre a execução do advogado Kelson Feitosa, 53 anos, em seu local de trabalho, na manhã dessa segunda (13), segundo a OAB, "para que sejam empreendidos todos os esforços na apuração rigorosa do delito".

"É uma situação que preocupa a todos nós e viola não só o direito à vida, mas o direito fundamental de todos de acesso à justiça. Quando se mata um advogado em juízo em favor de alguém, é evidente que se impõe a lei do medo, do silêncio, de alguém que quer se impor diante da força do medo das armas", disse Jarbas. 

Ele destacou que nos últimos 12 meses, foram 121 advogados assassinados no Brasil e disse que a OAB tem tomado providências em todos os casos. 
 
"Temos tido muitos casos de colegas assassinados em São Paulo, Santa Catarina, tivemos um advogado enfaqueado na Paraíba e agora um dentro do seu local de trabalho, em sua própria casa, que são dois ambientes sagrados. O advogado não é inimigo, não quer o mal de ninguém. O advogado é o primeiro amigo da cidadania e não pode se sentir emeaçado em sua integridade física", lamentou. 

 

Maria Romero com informações da OAB/PI
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais