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Imprensa internacional repercute decreto de calamidade do RJ

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O decreto de calamidade pública em função da crise financeira no Rio de Janeiro gerou repercussão imediata na imprensa internacional na tarde desta sexta-feira (17).

A agência de notícias Reuters destacou: "Rio declara estado de emergência financeira". O texto da agência, que diz que as receitas do estado, em parte ligadas à indústria do petróleo, caíram nos últimos dois anos, foi publicado em diversos veículos de imprensa.

O decreto também foi noticiado pelos sites dos jornais americanos "Washington Post" e "The New York Times", do espanhol "El País", da rede de TV americana NBC e da britânica BBC.

O "Washington Post" afirma que o decreto surpreendeu a muita gente e destacou que a Olimpíada acontecerá em meio ao julgamento de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, à crise em saúde pública devido à epidemia do vírus da zika e à recessão econômica.

O jornal também cita que o estado foi atingido pela queda das receitas e do preço do petróleo, "enquanto uma enorme crise de corrupção deixou a companhia petrolífera estatal Petrobras, uma das maiores empresas do Rio de Janeiro, cambaleando".

Ao repercutir a notícia, a rede britânica BBC destacou que o anúncio é feito a menos de 50 dias da Olimpíada. Também lembrou que há preocupações sobre a epidemia do vírus da zika e o impacto que ela pode ter sobre o turismo no Rio de Janeiro.

O jornal espanhol "El País" ouviu especialistas, que disseram que o decreto pode servir para justificar uma injeção extra de recursos do governo federal durante o período de restrição fiscal.

A reportagem também lembra que o Estado do Rio de Janeiro é responsável por "concluir as atrasadas obras do metrô", que são "fundamentais para o transporte dos torcedores". A nova linha vai ligar a Zona Sul à Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Decreto

Essa é a primeira vez na história que o estado toma medida semelhante na área financeira. Segundo o governador em exercício, Francisco Dornelles, o decreto em como objetivo "apresentar à sociedade do Rio de Janeiro as dificuldades financeiras do estado, abrindo caminho para medidas duras no campo financeiro".

Segundo o decreto, publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do estado, o motivo é a "grave crise financeira", que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização da Olimpíada e da Paralimpíada. A publicação acontece a 49 dias dos Jogos Olímpicos.

De acordo com o texto, o governo teme um "total colapso na segurança pública, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental".

"Ficam as autoridades competentes autorizadas a adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais, com vistas à realização dos Jogos", diz o artigo 2° do decreto.

Ainda de acordo com o texto, as autoridades competentes ainda "editarão os atos normativos necessários à regulamentação do estado de calamidade pública para a realização dos Jogos".


Fonte: G1

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