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Greve dos Ferroviários: 90 vagões aguardam fim da greve em Teresina

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Pela primeira vez desde o início da greve dos ferroviários, a Transnordestina, antiga Companhia Ferroviária do Nordeste - CNF -, se manifestou sobre a paralisação, que já ameaça comprometer o abastecimento de combustíveis na capital. Mas Edson Pinto Coelho, diretor de logística da empresa, adiantou ao Cidadeverde.com que o problema deve ser contornado a partir desta quarta-feira (20), graças a uma liminar que vai permitir à Transnordestina recuperar o trecho de linha férrea danificado após suposto acidente em Teresina.
 
O diretor encontra-se em Fortaleza e disse que o abastecimento estava "normalíssimo" até a manhã do último dia 18, quando um trem descarrilou no conjunto Boa Esperança. Depois disso, Teresina ficou  com 90 vagões e mais de 4 milhões de litros de combustível aguardando serem descarregados. O abastecimento de cimento também ficou comprometido e até o Metrô não pode circular. A Polícia Federal investiga o caso, mas Edson considerou o ato criminoso, ainda que não o atribua diretamente aos grevistas.
 
"Greve de sete pessoas"
Edson Coelho disse ainda que a companhia tem 160 funcionários, e reconhece que apenas sete deles, com ajuda de sem-terras, fazem a greve. Hoje (19), o juiz Ferdinand Gomes, da 1ª Vara do Trabalho, concedeu liminar de reintegração para que os grevistas desocupem o setor e a Transnordestina possa recuperar o trecho danificado. Em acordo com a Polícia Militar, por medidas de segurança, a operação só será realizada na manhã desta quarta.

Segundo o diretor, a Transnordestina tentou recuperar o trecho, mas foi impedida pelos grevistas, que teriam apedrejado o caminhão da antiga CFN. Alegando ter provas para sua acusação, Edson considera o movimento legal, mas está sendo arbitrário por impedir o trabalho da empresa. "A greve chegou à raia da irresponsabilidade", declarou, afirmando que após a desocupação o abastecimento voltará ao normal. A companhia reforçou a segurança no local temendo vandalismos e até possíveis incêndios.
 
Sobre a paralisação, Edson disse que a Transnordestina nunca se negou a negociar com os trabalhadores, e a prova disso foi a reunião na Delegacia Regional do Trabalho na noite desta terça-feira. O diretor negou ainda que a empresa esteja trazendo funcionários de outros estados para ocupar o lugar dos grevistas.
 
Yala Sena (flash da DRT)
Fábio Lima (da Redação)
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