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Saída do Reino Unido da UE faz dólar subir a R$ 3,37

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A Bovespa fechou em forte queda nesta sexta-feira (24), após recuar mais de 3% mais cedo, pressionada principalmente por ações ligadas a commodities, com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia que também surpreendeu os mercados ao redor do mundo que apostavam nos últimos dias na permanência.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuou 2,82%, a 50.105 pontos. Veja a cotação da bolsa hoje.

Destaques

Petrobras perdeu cerca de 4,6%, em meio à forte baixa do preço do petróleo por conta da decisão do Reino Unido. Além disso, a estatal informou na quinta-feira que o Petros, seu fundo de pensão, fechou 2015 com um déficit de R$ 22,6 bilhões, diante de um limite de tolerância máximo de R$ 6,5 bilhões previsto em legislação.

A Vale tinha as ações em baixa em torno de 8,66%.

Outras bolsas

O principal índice acionário europeu FTSEurofirst 300 fechou em queda de mais de 6% e, nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street perdiam em torno de 3%. Os mercado asiáticos também fecharam em forte queda. A bolsa de Tóquio despencou 7,92%.

Impactos do referendo

Com a saída do Reino Unido, investidores se voltaram para ativos considerados mais seguros e realizavam ajustes após os últimos pregões – a Bovespa subiu quase 3% na véspera com o mercado apostando em uma manutenção britânica na UE.

Para além do Reino Unido, a preocupação ficou com o futuro do bloco econômico, com possível fortalecimento do separatismo em outros países.

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De acordo com o economista-chefe do Modalmais, Álvaro Bandeira, os impactos negativos para o Brasil são vários, uma vez que a instabilidade afeta preços de commodities, o câmbio, dificulta investimentos externos diretos e a tomada de empréstimos.

Com isso, a atenção se voltou para qual será a ação de bancos centrais para tentar dar equilíbrio ao mercado. "Se os BCs tiverem uma ação coordenada e atuação de maior prudência, dando liquidez, pode ser que a situação se acalme", disse Bandeira. A avaliação também foi de que o Federal Reserve tende a postergar uma alta do juro.

Contudo, parte do mercado já relativiza o impacto do resultado do referendo nos próximos dias. "Embora a decisão da votação deva pesar em preços de ativos de mercados emergentes ao longo dos próximos dias, o impacto econômico direto no mundo emergente deve ser menor do que muitos temem", disse a consultoria Capital Economics em relatório.

O HSBC afirmou que, uma vez que a poeira baixe, a decisão não deve ter um impacto continuado, ao menos para regiões fora da Europa central e oriental. A notícia deixava o restante do noticiário doméstico em segundo plano.

Véspera

Na véspera, o índice subiu 2,8%, aos 51.559 pontos, acompanhando o movimento de alta de outras bolsas no mundo, esperando que o Reino Unido decidisse permanecer no bloco europeu.

Veja como fecharam os principais mercados do mundo:

Japão: índice Nikkei desabou 7,92%.
Hong Kong: índice Hand Seng caiu 2,92%.
China: em Xangai, o SSEC perdeu 1,33%.
Coreia do Norte: o índice KOSPI caiu 3,09%.
Taiwan: o TAIEX registrou baixa de 2,3%.
Austrália: o índice S&P/ASX 200 recuou 3,17%
Alemanha: em Frankfurt, o índice DAX caiu 6,82%.
França: em Paris, o índice CAC-40 perdeu 8,04%.
Itália: em Milão, o índice Ftse/Mib teve queda de 12,48%.
Espanha: em Madri, o índice Ibex-35 registrou queda de 12,35% – a maior de sua história.
Portugal: em Lisboa, o índice PSI20 caiu 6,99%.
Inglaterra: em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 3,15%.

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