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Após intervenção do MP e TCE, IML fará chamada pública antes de enterrar 51 corpos

O Instituto Médico Legal (IML) realiza, neste sábado (25), mutirão para agilizar a liberação de 59 corpos que se acumulam no local. Desse total, seis são fetos, 20 ossadas e outros ainda possuem tecidos genéticos. O diretor de perícia técnico-científico do Instituto, Antônio Nunes, afirma que, no prazo de uma semana, os corpos começarão a ser enterrados. 

O mutirão tem como objetivo fazer a catalogação dos cadáveres de acordo com a causa-morte, perícia dentária, impressão digital, DNA, características físicas e, se for preciso e possível, exame toxicológico. Após a catalogação dessas informações, o IML fará um chamamento público para encontrar familiares dos indigentes. 

"A maior dificuldade que teremos diz respeito ao sepultamento das ossadas porque não podemos enterrá-las sem ter a identificação delas. Por isso, temos que aguardar laudos periciais que não feitos no Piauí", explica Antônio Nunes. 

Segundo o diretor, dos 39 corpos que possuem tecidos, apenas dois não devem ser sepultados, devido à falta de identificação. Um destes é o de uma mulher que foi encontrada esquartejada dentro de uma mala, em 2014, no Rio Poti. 

Finalizado todo o processo de identificação e a chamada pública, os corpos serão liberados para os sepultamentos, que já foram garantidos pela Secretaria Estadual de Assistência Social (Sasc), A decisão foi anunciada após o TCE (Tribunal de Contas do Estado) autorizar a assinatura de um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) entre o governo do Estado e a prefeitura. Pelo acordo, a Sasc cuidará dos serviços funerários até dezembro deste ano em Teresina. Após a data, a responsabilidade será do município.

O mutirão atende uma recomendação do Ministério Público Estadual. A atividade tem a participação de peritos, médicos legistas, odontologistas e um delegado da Central de Flagrantes.

 

Flash Izabella Pimentel (especial para o cidadeverde.com)
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