Os grevistas estão acampados desde a última segunda (18) sobre os trilhos na região da Boa Esperança, bairro Dirceu, onde há um entroncamento de linhas férreas, a fim de impedir que os trens cargueiros circulem.

 

Nesta quarta (21), uma liminar emitida pelo juiz Ferdinand Gomes dos Santos, da 1ª Vara do Trabalho, determinou que os ferroviários liberassem a via, algo que não foi cumprido. Até as 20h de ontem, a polícia militar e o RONE estiveram no local à espera de um representante do Ministério Público para executar a determinação judicial. Como este não apareceu, os manifestantes, que esperavam uma resposta positiva da empresa, não foram retirados.

 

?A proposta principal da nossa paralisação é o retorno dos vinte demitidos. A empresa só quer negociar com a gente quando retornarmos o trabalho, mas é só enrolação?, afirma o presidente do sindicato dos ferroviários, Claudionor Ferreira dos Santos. Ele diz ainda que o jurídico do sindicato pretende derrubar a liminar do Ministério do Trabalho a fim de continuar o movimento grevista. ?Vamos resistir até o final. Foram demitidos maquinistas, auxiliares e manobristas todos de Teresina. No lugar deles, foram colocadas pessoas de outros estado, o que é ilegal?, garante Claudionor.

 

Neste momento, cerca de 60 pessoas estão no local e o número pode aumentar, segundo os grevistas, com a chegada de pessoas ligadas a outros movimentos trabalhistas.

 

Com a paralisação dos ferroviários, diminuiu a quantidade do combustível que chega à cidade de Teresina. Por conta disso, alguns postos de gasolina aproveitaram a oportunidade para reajustar seus preços. A gasolina que há uma semana custava R$ 2,57 já é encontrada a R$ 2,69.