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Homem baleado após quebrar caixa eletrônico com picareta teve surto psicótico, diz psiquiatra

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Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (7), o psiquiatra Eurivan Sales, ao analisar as imagens de um homem, identificado preliminarmente como Jailson, de 33 anos, que quebrou um caixa eletrônico com uma picareta, ontem (6), disse que o rapaz possui um sugestivo quadro de psicose. 

Além disso, o Eurivan declarou que o autor do ato de fúria precisa passar por um tratamento rigoroso seja em uma clínica ou em domicilio. “Certamente essa pessoa possui problemas mentais e não está em tratamento. Ele pode agredir uma pessoa. Ele pode, por exemplo, imaginar que aquela pessoa é responsável pelo desaparecimento do pseudo dinheiro que ele estava cobrando. Ele também pode agredir a si próprio e até mesmo cometer um ato grave de suicídio”, disse o psiquiatra.  

Esse fato inusitado ocorreu na agência da Caixa Econômica Federal na praça Rio Branco, Centro de Teresina (PI), na manhã desta quarta-feira (6), e assustou os clientes que estavam no local. 

Jailson, que quebrou um caixa eletrônico com uma picareta, acabou baleado em uma das pernas.  Em entrevista para a TV Cidade Verde, o autor do ato de fúria justificou que um pastor evangélico tomou todo o seu dinheiro. O incidente ocorreu por volta de 11h40 da manhã. 

“O quadro dele é muito sugestivo de uma psicose. Esse rapaz estava psicótico naquele momento. Isso quer dizer que não tinha entendimento dos atos que cometeu. E, dentro desse quadro, teve delírios de, seguramente, grandeza de dinheiro que, talvez, ele não tenha. Mas, na cabaça dele, teve essa ideia. No entendimento dele, caixa eletrônico tem dinheiro e, infelizmente, cometeu isso”, acrescentou o psiquiatra.

Com relação à conduta do segurança da agência bancária em atirar em Jailson, a advogada criminalista, Lina Brandão, defendeu, durante a entrevista ao Jornal do Piauí, que foi correta. Veja o exato momento do tiro neste link. 

“Isso porque ele não visou atingir em uma região de alto risco que levasse o autor do dano à morte. Eu acredito que não existe desproporcionalidade com relação às armas. A arma utilizada pelo auto do dano é uma arma branca, no caso a picareta. Já a conduta do segurança não visou atingir região de risco e não tinha pessoas próximas, que poderia coloca-las em risco. Também ocorre a legítima defesa e o estado de necessidade porque  ele se viu em uma circunstância que, pelo estado de psicose, poderia ameaçar a vida de outras pessoas. Se ele (o segurança) tentasse mobilizar o autor também poderia estar colocando a sua vida em risco”,  explicou a advogada.

Carlienne Carpaso
[email protected] 

  • picareta-caixa-05.jpg Foto: Wilson Filho/Cidade Verde
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