Pelo menos dez peritos participaram na noite desta quinta-feira (7) da reconstituição do acidente que matou dois integrantes do coletivo Salve Rainha. A Strans e a Polícia Militar deram auxílio durante os trabalhos. A tragédia que comoveu Teresina aconteceu na avenida Miguel Rosa, no fim da noite do dia 26 de julho.

O Instituto de Criminalística quer responder perguntas que constam no inquérito como a velocidade dos carros e para quem o semáforo estava fechado. A previsão é de que o resultado saia em 10 dias. 

"A gente está tentando fazer uma reprodução simulada para tirar todas as dúvidas que temos a cerca da dinâmica do acidente. Os veículos são semelhantes ao do acidente para a gente tentar fazer alinhamentos,  medir tempos e distância e ver toda a dinâmica semafórica para saber se houve invasão e quem fez a invasão", explica o perito Rawlinson Ibiapina.

Este é quinto caso de reconstituição de um acidente de trânsito em Teresina. Foram feitas simulações com os veículos envolvidos, o Corolla e o Fusca atingido por ele. No caso do Corolla, o veículo repetiu o mesmo trajeto em velocidades diferentes. 

"A dinâmica principal é tentar entender quais eram as velocidades que cada veículo tinha e, a principal delas, para quem estava fechado o semáforo. Acreditamos que vamos solucionar todas as perguntas feitas pelas autoridades", afirma o perito.

Em paralelo, o departamento de Física da UFPI tenta precisar a velocidade do Corolla.

"Removemos o velocímetro e estamos há 3 dias fazendo uma análise paralela nele no departamento de física da UFPI, conta.

As imagens do acidente também estão sendo usadas na investigação. Novas imagens estão sendo coletadas.

"Vamos tentar comparar as imagens que já temos e tentar coletar mais imagens", concluiu.

A simulação durou duas horas. O trânsito na região foi interrompido. Curiosos acompanharam o trabalho. No domingo está marcada uma celebração para Júnior Araújo e Bruno no local do acidente. 

 

Hérlon Moraes
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