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Central de Flagrantes de Gênero será inaugurada em Teresina na próxima quinta-feira (14)

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A Central de Flagrantes de Gênero, que ficará localizada na sede da Central de Flagrantes de Teresina, será inaugurada na próxima quinta-feira (14).  Segundo a delegada Thais Paz, a Central irá atender, principalmente, às mulheres vítimas de violência doméstica. O espaço também atenderá toda e qualquer violência em decorrência do gênero.  Nesta questão, o atendimento irá abranger os homossexuais, as travestis e as relações homoafetivas.

Atualmente, Teresina conta com quatro Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher.  Na Central de Flagrantes de Gênero, o atendimento ocorrerá 24 horas.

“Essas delegacias só possuem delegadas durante o período do expediente. A vítima de violência doméstica e de gênero que procurar, por exemplo, a delegada no período da noite na delegacia, não irá encontrar e, antes, nem sempre tinha uma delegada mulher na Central de Flagrantes. A gente quer qualificar esse atendimento. Por isso, ela agora será atendida inicialmente por uma assistente social  para encoraja-la e empodera-la para que ela continue com a denúncia”, disse a delegada em entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (08).

Com relação às pessoas homossexuais, a delegada esclareceu que elas entram na questão de gênero.   “O que seria esse conceito de gênero: é um conceito que não é jurídico, ele é um conceito das ciências sociais que é a construção psicossocial da pessoa. É o que a pessoa se sente. Então, vamos dizer que um homem é biologicamente um homem, mas a sua construção psicossocial é feminina. Se ele entra numa relação fica submetido ao outro parceiro. Então, ele também vai ser atendido na Central de Flagrante de Gênero”, esclareceu.

A delegada disse ainda que a violência de gênero está relacionada ao fato do “homem se sentir dono do corpo da mulher”. “Ele se sente proprietário da mulher como se fosse uma extensão da casa”, disse. 

“A Lei Maria da Penha que trouxe as questões da violência doméstica traz uma espécie da violência de gênero, que acontece exatamente no âmbito familiar, mas que acontece também nas relações interpessoais, onde o companheiro, o marido e o namorado agride a esposa; não só a agressão física como também a agressão sexual, moral e psicológica”, explicou Tais.

 

Carlienne Carpaso
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