O secretário executivo municipal de desenvolvimento urbano e habitação, Vicente Moreira, informou nesta terça-feira (12) que três empresas apresentaram propostas no processo de licitação para o sistema de limpeza pública de Teresina. A empresa deverá gerenciar a coleta e a conservação do lixo e o gerenciamento do aterro sanitário da capital. 

Ao todo, três empresas de São Paulo apresentaram propostas de gerenciamento do sistema. Elas precisarão coletar e tratar 17 mil toneladas de lixo mensalmente, em média. 

"Desde julho de 2013 a prefeitura tenta licitar o projeto de coleta de conservação urbana de resíduos. Isso porque são três serviços no sistema de limpeza pública que são de grande valor e é um serviço essencial, então há inúmeros questionamentos judiciais, especialmente quando à empresa responsável pelo aterro, que não fez o prometido e que foi tornada inidônea pela prefeitura", declarou.

Atualmente, Teresina possui apenas um aterro controlado para recebimento de resíduos. Além disso, a empresa contratada à epoca não executou completamente o projeto da estação de tratamento do chorume, que é um líquido altamente contaminante para o solo e o lençol freático. Hoje, existe apenas o espaço destinado ao armazenamento, mas não a tecnologia para o tratamento do líquido. 

O secretário destacou que o processo se torna ainda mais complicado porque tramita no Supremo Tribunal Federal uma ação que pode fechar o aterro de Teresina. Isso porque o local é considerado inadequado para o armazenamento do lixo. Caso seja fechado, muitas alterações precisarão ser feitas no sistema de coleta. 

"Se for fechado, deve mudar até o caminhão que faz a coleta, deverá ser um bem maior. Porque hoje existe a distância de 12 quilômetros do centro geográfico da capital [considerando o cruzamento das avenidas Miguel Rosa e Frei Serafim] até o aterro.  Os outros disponíveis estão a mais de 30 quilômetros", explicou.

 

Maria Romero com informações do Jornal do Piauí
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