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Theresa May assume como premier do Reino Unido

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Rainha Elizabeth recebe Theresa May no Palácio de Buckingham, a quem convida para ser primeira-ministra do Reino Unido - REUTERS/Dominic Lipinski/Pool

A conservadora Theresa May, de 59 anos, assumiu o cargo de primeira-ministra do Reino Unido nesta quarta-feira, depois de aceitar o convite da rainha Elizabeth II para formar governo. Ela substitui o premier David Cameron, após uma série de turbulências políticas causadas pela decisão do país de sair da União Europeia (UE). May terá agora o desafio de negociar a ruptura com o bloco e unir o Partido Conservador e um país profundamente divididos pelo Brexit.

— David Cameron foi um grande primeiro-ministro. Ele estabilizou a economia. Mas seu grande legado foi a justiça social. Ele liderou um governo de um país. E é assim que eu pretendo liderar — disse May em seu primeiro discurso como premier. — Vou liderar o governo de uma nação, fazer com que o Reino Unido seja um país que funcione para todos. Acreditamos na união de todos os cidadãos.

Sobre a UE, a primeira-ministra disse que o Reino Unido terá um papel positivo e ousado fora do bloco. Primeira mulher a assumir o cargo de premier após Margaret Thatcher, May está preparando o gabinete com mais mulheres na História do Partido Conservador, de acordo com informações dos jornais britânicos.

Em seu último discurso diante da residência oficial que usou como premier britânico, Cameron fez um balanço de seu governo e afirmou que a economia está melhor agora. O agora ex-premier estava ao lado da mulher e dos três filhos.

— Acredito que Theresa oferecerá força e liderança no momento em que o Reino Unido deixa a UE — disse.

Após o discurso, Cameron deixou a residência na Downing Street 10. Em seguida, ele seguiu para o Palácio de Buckingham para entregar sua renúncia à rainha Elizabeth II. Logo depois, a monarca recebeu Theresa May.

Apesar de ser eurocética por convicção, May decidiu se manter fiel a Cameron e defender a permanência do país na UE. Mas, se ela se limitou a advogar pela causa o mínimo necessário, por outro lado continuou insistindo sobre a necessidade de reduzir a imigração, tema preferido entre os pró-Brexit, tornando-se alguém bem vista para ambos os grupos.

Casada, May é considerada por muitos uma nova “Dama de Ferro”. Ela está na ala mais à direita do partido conservador. No entanto, durante a campanha para o referendo, abordou alguns temas sociais tentando conquistar os eleitores e também romper com a imagem de frieza.

No ministério do Interior, que ela ocupava desde 2010, adotou uma linha muito firme em temas como a delinquência, imigração ilegal ou pregadores islâmicos.

Ela não escapa às comparações com sua ilustre predecessora “Maggie” Thatcher, igualmente eurocética. O tabloide “The Sun” a apelidou de “Maggie May”.

Mas ela parece mais próxima de uma Angela Merkel, a chanceler alemã, com quem compartilha o fato de ser filha de um reverendo, conservadora, pragmática, aberta ao compromisso, casada há muitos anos e sem filhos.

 

Fonte: O Globo

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