O Vasco que lidera a Série B, mas que oscila demais nas últimas rodadas, voltou a se encontrar ontem com um time de primeira divisão. E teve enorme dificuldade contra um Santa Cruz que levou a campo um time misto.
Nenê observa a bola em São Januário, marcado por um jogador do Santa Cruz - Alexandre Cassiano
A dois minutos do fim, um gol do zagueiro Luan garantiu o empate em 1 a 1, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Na semana que vem, em Recife, vai precisar vencer ou empatar por dois ou mais gols.
Nas condições em que se apresentava o rival, somando os desfalques ao fato de se tratar do 18º colocado no Brasileiro, era de se esperar que o Vasco tivesse menos problemas. É verdade que, após sofrer um gol com um minuto de jogo, o time ficou boa parte do tempo no campo do Santa Cruz. Mas também é verdade que as oportunidades não foram tantas, e que a dificuldade para evitar contragolpes do adversário quase originou um placar maior na primeira etapa.
A forma como saiu o gol de Bruno Moraes, com passes em profundidade pelo centro da defesa vascaína, foi um sinal do que estava por vir. Por duas vezes, o Santa Cruz teve a chance de ampliar. Sempre que vencia a tentativa do Vasco de marcar por pressão, o time de Recife tinha espaço.
O Vasco, ao menos, pressionou. Pela direita, Mádson teve a maior oportunidade, perdida por falta de calma, em chute contra o corpo do goleiro Tiago Cardoso. Nestes momentos, a resposta do Vasco tem sido Nenê, dono dos destinos do time. Ele quase fez um golaço, ao entrar na área, tocar por cobertura e ver o volante Wellington Cézar salvar sobre a linha.
No intervalo, Jorginho trocou Mádson por Yago Pikachu e sacou o jovem Henrique, outra vez escalado na linha de meias. Em seu lugar, entrou Caio Monteiro. A manobra envolvia certo risco, porque piorou a já frágil recomposição defensiva do Vasco. Foi a senha para Mílton Mendes, técnico do Santa Cruz, lançar o veloz Keno e o meia João Paulo, dois titulares que estavam no banco. Em 20 minutos, Martín Silva fez duas defesas importantes.
Lançado ao ataque, o Vasco era previsível, mas não desistiu. Júlio César criou duas boas chances, mas o gol veio a dois minutos do fim. Em cruzamento na área, o goleiro Tiago Cardoso fez milagre em cabeçada de Thalles, que substituíra Leandrão. Na volta, Luan chutou e o próprio Tiago Cardoso, com o joelho, jogou a bola para o gol. No fim, após ótima jogada de Nenê, Jorge Henrique ainda acertou o travessão.
Fonte: O Globo
