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Rodrigo Maia defende liberação de jogos de azar no Brasil

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O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, com 285 votos. (Foto: Henrique Coelho / G1)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), eleito na última semana, defendeu neste sábado (16) a liberação de jogos de azar, como cassinos e bingos. Diversos projetos sobre o tema tramitam na Câmara e no Senado.

"Sou a favor que o jogo faça parte da cadeia de entretenimento, a favor dos cassinos e resorts, com investimento na rede hoteleira, de eventos e também do jogo. Esse encaminhamento é que trará bilhões e bilhões para o Brasil", afirmou Maia antes de participar do encontro estadual do DEM, no Rio de Janeiro.

"Hoje, o Brasil tem oito mil máquinas clandestinas e ninguém faz nada. Ou a gente caminha para uma coisa séria, ou vamos acabar com o que tem, porque se está lavando dinheiro todo dia", completou o novo presidente da Câmara.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) chegou a listar entre as prioridades da Casa a votação do projeto de lei que legaliza a exploração de jogos de azar no país. O texto, no entanto, não chegou a ser votado antes do chamado "recesso branco", que vai de 18 a 31 de julho.

Jogos de azar são aqueles que envolvem apostas em dinheiro e que o resultado, de ganha ou perda de valores, depende preponderantemente da sorte. O projeto define quais jogos podem ou não ser explorados, os critérios para concessão de autorização e as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos.

De um lado, os defensores da proposta justificam que a legalização vai aumentar a arrecadação de impostos, além de gerar empregos e desenvolver o turismo. Do outro lado, opositores afirmam que liberar o jogo é abrir uma porta para a lavagem de dinheiro no país.

Olimpíada

Ainda neste sábado, Rodrigo Maia disse que a Câmara vai trabalhar dois dias por semana durante a Olimpíada, que começa no dia 5 de agosto e vai até o dia 21 do mesmo mês. O objetivo, segundo ele, é agilizar as votações consideradas fundamentais. Nas próximas duas semanas, entre 18 e 31 de julho, a Câmara entrará em "recesso branco" e não terá votações em plenário. As sessões só serão retomadas em agosto.

"Vamos organizar com os líderes para trabalhar dois dias na semana, com trabalho intenso, para que a gente possa trabalhar segunda e terça e liberar os deputados a partir de quarta-feira. A gente tem como prioridade estreitar o relacionamento na Câmara dos Deputados, um diálogo melhor com a base e a oposição, além de uma harmonia maior com os três poderes. Temos projetos contra a corrupção, entre outros temas que estão aí na ordem do dia", disse Rodrigo Maia.

De acordo com o deputado federal, não é possível pautar muitos assuntos na Câmara devido à Olimpíada e às eleições municipais.

"Temos que votar a renegociação da dívida, votando o projeto do Pré-sal, avançando no início do debate da reforma da Previdência. O principal são os projetos de combate à corrupção, melhoria do sistema de controle do Estado e a reforma política, que acho que vai ser uma relação bem próxima com o Senado para termos uma posição conjunta, para não ficarmos nesse debate interminável que pulveriza votos e não resolve nada", afirmou ele.

O presidente da Câmara também falou sobre as ações consideradas polêmicas com relação à economia. O deputado declarou que  não considera "impopulares" as medidas de ajuste fiscal que o governo de Michel Temer pretende implementar.

"Impopular é você gastar mais do que você tem e deixar 11 milhões de pessoas desempregadas. Não é impopular, é necessário para diminuir o desemprego à metade", disparou ele.

Rodrigo Maia afirmou também que seu antecessor, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou à presidência, tem qualidades, mas que a imagem da Câmara não é boa neste momento. O peemedebista é réu no Supremo Tribunel Federal (STF) acusado de participar do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato e, na Câmara, responde a processo de cassação do mandato.

"Tem momentos onde ele é muito produtivo, votamos matérias importantes até o primeiro semestre do ano passado. Depois a crise se acentuou com relação a ele. Vamos deixar o Eduardo cuidar do julgamento dele, defesa dele no Plenário, ele tem esse direito. Mas temos esse problema grande hoje, a imagem não vai bem. E de cada presidente que eu convivi, todos têm pontos positivos. Ele tinha o plenário como qualidade", relembra Maia.

 

Fonte: G1

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