O promotor Rômulo Cordão, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) confirmou nesta segunda-feira (18) que irá propor a delação premiada aos 15 presos da operação Déspota.
Na última quinta-feira, uma megaoperação prendeu o prefeito de Redenção do Gurgueia, Delano Parente (PP), secretários, empresários e advogados suspeitos de um esquema fraudulento com desvio de mais de R$ 17 milhões.
Segundo o promotor, a delação premiada irá reduzir o tempo das investigações.
“A delação reduz caminhos para a gente chegar onde quer”, afirmou o promotor.
A delação premiada é uma técnica de investigação consistente na oferta de benefícios pelo Estado àquele que confessar e prestar informações úteis ao esclarecimento do fato delituoso. É mais precisamente chamada “colaboração premiada”. Essa técnica de investigação ganhou notoriedade ao ser usada pelo magistrado italiano Giovanni Falcone para desmantelar a Cosa Nostra. Recentemente, a delação ajuda nas investigações da Lava Jato.
O Ministério Público pediu a prorrogação das prisões realizadas na operação. Entre as 16 decretações de prisões, apenas uma está foragida.
O esquema envolvia fraude em licitações e expedições de notas fiscais frias. Pelo menos 40 pessoas e quatro empresas estão sendo investigadas. O Gaeco divulgou áudios que confirmação a negociação para a fraude nas licitações.
O clima é de instabilidade na cidade. Os presos estão sendo ouvidos e será ofertada a delação.
Redenção do Gurgueia continua sem prefeito e programas sociais estão parados. O vice Zé Carlos, do PV, aguarda decisão da justiça para retornar a prefeitura. A liminar deve sair só após a vistoria nos computadores da prefeitura.
Áudio divulgado pelo Gaeco confirmando o esquema de corrupção
Flash Yala Sena
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