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Zika vírus: cuidados com pernilongos devem ser redobrados

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A notícia de que o pernilongo pode ser um transmissor do zika vírus pegou muita gente de surpresa nesta quinta-feira. Isso devido à possibilidade de mudança de hábitos, já que a atuação do Aedes Aegypti tem hábitos diurnos e a conhecida muriçoca tem ação durante a noite, o que promete tirar o sono de muita gente.

A gerente de Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde, Amparo Salmito, explica que essa é uma das maiores preocupações, já que os cuidados devem ser redobrados. “O Aedes tem um ciclo mais diurno. Ele pica mais de dia, ao entardecer, ou seja, de 17h até as 19h, e também cedinho. E é por isso que o fumacê passa nesse período nas áreas onde tem. E a muriçoca, qual é o período dela? É noturno! Ela chega e diz “cheguei” porque ela já vem com o zumbido, ela escolhe, se acha que o gás carbônico da nossa respiração seja uma atrativo para ela atacar. Ela escolhe uma área descoberta, geralmente face, dá aquele aviso, que é o zumbido que ela tem”, explicou em entrevista ao Jornal do Piauí. 

Pesquisa

A pesquisa foi conduzida pela Fiocruz Pernambuco na Região Metropolitana do Recife, onde a população do Culex é cerca de 20 vezes maior do que a população de Aedes aegypti. Os resultados preliminares da pesquisa de campo identificaram a presença de Culex quinquefasciatus infectados naturalmente pelo vírus zika em três dos 80 grupos de mosquitos analisados até o momento. Em duas dessas amostras, os mosquitos não estavam alimentados, demonstrando que o vírus estava disseminado no organismo do inseto e não em uma alimentação recente num hospedeiro infectado.

A coleta dos mosquitos foi feita com base nos endereços dos casos relatados de zika nas cidades do Recife e Arcoverde, obtidos com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE). O número total de mosquitos examinados na pesquisa foi de aproximadamente 500. O objetivo do projeto é comparar o papel de algumas espécies de mosquitos do Brasil na transmissão de arboviroses. Foi dada prioridade ao vírus zika devido a epidemia da doença no Brasil e sua ligação com a microcefalia.

A partir dos dados obtidos, os pesquisadores afirmam que serão necessários estudos adicionais para avaliar o potencial da participação do Culex na disseminação do vírus zika e seu real papel na epidemia. De acordo com a Fiocruz, o estudo atual tem grande relevância, uma vez que as medidas de controle de vetores são diferentes.

Da Redação
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