Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Marcas de pneu e destroços do carro ainda podem ser vistos na pista

 

Moradores na região que margeia a rodovia estadual entre Teresina e União dizem que a curva onde ocorreu a tragédia com Wilson Martins Filho, estudante de Medicina e filho do vice-governador do Estado, Wilson Martins, é muito perigosa. Acidentes são corriqueiros e as mortes no local são constantes. Uma testemunha chegou a ver a vítima do acidente desta madrugada ainda viva, mas pouco pode fazer.

 

José Luís Miranda tem 40 anos, e mora há 17 no povoado Soares, zona rural de União. Ele disse que estava vendo as Olimpíadas na TV quando ouviu um barulho muito forte após uma derrapagem. Ao correr para a pista, encontrou o carro e o estudante há uns três metros do veículo, do qual foi sacado. A Hilux preta teria capotado duas vezes, na tentativa de desviar de uma árvore na pista.

 

 

Miranda disse que Wilson estava com sangramento na cabeça e no ouvido, e sem maiores escoriações pelo corpo. Ele afirmou ao Cidadeverde.com que o estudante tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu, e garantiu que ele ainda estava respirando após o acidente. Em seguida, um amigo que estava no carro, desesperado, pegou carona até a cidade de União para pedir ajuda.

 

No local ainda estão marcas na pista e destroços do carro, já retirado do local. As marcas de sangue também são vistas, apesar da areia jogada por cima do asfalto. Os moradores afirmam que caso o carro tivesse batido na árvore que supostamente Wilson tentou desviar, o acidente seria mais violento. Com a manobra, o estudante pode ter salvo a vida dos dois amigos que o acompanhavam. O veículo estaria a mais de 100km/h, segundo as testemunhas. 

Maria Liane da Rocha Miranda, 31 anos, disse que várias pessoas já morreram no trecho esse ano, mas todas após acidentes com moto. Ela reclama da falta de sinalização, já solicitada pelos moradores. Além das pessoas, quem também morreu foi o pé de Sapucaia, atingido pelos veículos.