Uma operação desencadeada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Eletrobras e Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) resultou na prisão de dois irmãos acusados de furto de energia, contrabando e sonegação fiscal. Eles são proprietários de dois depósitos de bebidas, um na zona Norte e um na zona Sul, que estariam funcionando através de ligação clandestina de energia.

O delegado Carlos César, coordenador do Greco, explica que a Eletrobras possui um serviço de monitoramento de estabelecimentos e havia suspeitado do furto de energia em três estabelecimentos, de propriedade de três irmãos. “Eles viram que o consumo desses locais, com vários freezers ligados e câmara frigorífica, estava abaixo do que era esperado para esse tipo de estabelecimento, o que correspondia ao consumo de uma residência média”, explica.

Na abordagem aos estabelecimentos, uma perícia técnica da Eletrobras teria constatado as irregularidades no consumo de energia em um depósito localizado na Vila São Francisco, zona Norte, e outro no bairro Pio XII, zona Sul, de propriedade dos irmãos José Mesquita Filho e Josimar Moreira de Mesquita.

Além do furto de energia, foram encontrados nos locais uma grande quantidade de cigarros contrabandeados – vindos do Paraguai-, o que tem venda proibida no país, bem como diversos problemas com o fisco. “Ele vendia as mercadorias, não emitia nota fiscal do consumidor, e utilizavam blocos com simulador de notas fiscais”, explica um dos membros da Comissão de Fiscalização da Sefaz, destacando que estão sendo feito os cálculos do imposto a ser recolhido.

Os irmãos foram autuados em flagrante e indiciados pelos crimes de furto, contrabando e sonegação fiscal, com penas somadas que podem chegar a oito anos de prisão. “Trata-se de um crime inafiançável diante da autoridade do delegado, o que só pode ser feito diante de um juiz”, explica o delegado Carlos César.

 

Diego Iglesias
[email protected]