Uma mãe denuncia que foi presa e agredida verbalmente por um policial militar no Hospital do Bairro Santa Maria da Codipi. Ela disse que foi presa porque não conseguiu controlar o filho que é autista depois que ele tomou uma injeção no hospital. A dona de casa Auricélia Reis procurou o hospital na última quinta-feira para que o filho de seis anos fosse atendido. A criança é autista, mas após uma injeção entrou em crise.

A mãe conta que os profissionais de saúde não souberam lidar com a situação e chamaram o policial militar para que ela e o menino fossem retirados. Nesse momento teria sido agredida verbal e fisicamente pelo policial. 

"Fui presa e algemada, porquê. Eu sendo vítima o policial foi na frente e fez um registro contra mim dizendo que eu o desacatei, sendo que eu a vítima passei a ser a acusada", contou auricélia.

Depois disso a mãe procurou a delegacia de Gênero para prestar queixa contra o policial e passou por exame de corpo de delito, tudo com a orientação de um advogado que estava na Central de Flagrantes e comovido com a história, passou a atendê-la gratuitamente.

A denúncia também foi feita na Corregedoria da Polícia Militar do Piauí. O PM identificado como cabo Ribeiro, fazia a segurança no hospital municipal Mariano Castelo Branco no bairro Santa Maria da Codipi na zona Norte de Teresina. Ele foi afastado da escala de plantão do local enquanto o caso está sendo apurado. A corregedoria tem 30 dias para fazer um levantamento juinto as testemunhas. Se comprovada a denúncia o policial poderá sofrer punição disciplinar, ou mesmo responder a um inquérito criminal.

"A apuração vai ser feita com a lisura que deve ser feita pra que a gente saiba exatamente de que forma o fato se deu. O que a gente não gostaria agora era de imputar responsabilidade agora para o PM, tendo em vista que a apuração transcorrerá no prazo mínimo de 30 dias", pontuou o coronel John Feitosa, Relações Públicas da PM.

Hospital se posiciona

A Direção do Hospital do bairro Santa Maria da Codipi Esclarece que prestou atendimento para a senhora que se sentiu agredida, tendo acompanhado a mesma ao Distrito Policial, juntamente com duas funcionárias como testemunhas do ocorrido, para prestarem esclarecimentos sobre o fato e que não houve prisão nas dependências do hospital.
 
Esclarece que não aceita o comportamento do policial que estava no plantão e que requereu o afastamento do mesmo ao 13º Batalhão da Polícia Militar.

Reportagem de Carol Santana (TV Cidade Verde)
Rayldo Pereira
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