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Organizada corintiana é multada por homofobia no episódio Sheik

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No meio de incessantes gritos preconceituosos antes de cada tiro de meta no Campeonato Brasileiro, é bom ver um ato de homofobia não passar impune: a Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo aplicou uma multa de R$ 23,5 mil cada à torcida organizada corintiana Camisa 12 e ao seu presidente por atos de homofobia, no episódio em que protestaram contra Emerson Sheik, que havia publicado uma foto nas redes sociais dando selinho em um amigo.

Cinco membros da torcida organizada foram ao CT do Corinthians com faixas com frases lamentáveis como "Viado não", "Vai beijar a PQP" e "Aqui é lugar de homem", e o presidente da Camisa 12, Marco Antônio de Paula Rodrigues soltou ofensas homofóbicas em entrevistas à imprensa e nas redes sociais. 

A sanção é administrativa e não cabe mais recurso dentro dessa esfera. No entanto, segundo o UOL, a Camisa 12 apelará à Justiça. Um diretor da organizada não se mostrou arrependido pelo protesto, mas admitiu que escolheria melhor as palavras porque "hoje em dia esse negócio de homofobia está muito sério".

Quem buscou a condenação administrativa foi a Defensoria Pública de São Paulo, que usou a lei 10.948/2001, que prevê punição administrativa a "toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra cidadão homossexual, bissexual ou transgênero".

A Secretaria estadual de Justiça e Defesa da Cidadania considerou que a exposição na mídia das ofensas a Sheik instigou a violência contra homossexuais e que a Camisa 12 extrapolou seu direito ao protesto quando desrespeitou e ofendeu a integridade da população LGBT.

Foto: Jorge Rodrigues/Eleven

"A decisão é importante porque traz uma reflexão sobre a homofobia e responde a uma postura muito comum no futebol. É um começo para uma mudança de atitude. É preciso democratizar e avançar no futebol, que ainda é muito fechado e homofóbico - e a decisão é um reflexo disso, "disse o defensor público responsável pelo caso, Bruno Bortolucci Baghim.

A decisão da Secretaria de Justiça é muito bem-vinda, mas as autoridades precisam ir além dela e punir qualquer tipo de manifestação preconceituosa.


Fonte: msn

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