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Conheça alguns fatores que afetam as varizes e as dores nas pernas

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Segundo Fernando Soares Moreira, especialista em angiologia e diretor da Clínica Steticlin, as varizes surgem como pequenas veias arroxeadas ou vermelhas e em casos mais avançados podem apresentar coloração mais escura e veias salientes. A hereditariedade certamente pode ser considerada o seu principal fator, mas os níveis hormonais também estão relacionados. "O cuidado preventivo e antecipado evita que outras veias fiquem doentes e desenvolvam novos vasinhos e varizes. Ele deve ser feito com o uso de meias-elásticas, quando se fica muito tempo em pé ou sentado. Evitar o uso de anticoncepcionais hormonais e praticar atividades físicas também é um excelente preventivo", ressalta o especialista. "Outra razão para o surgimento de varizes é a dificuldade de retorno venoso na região das pernas", afirma a dermatologista Ligia Kogos. Ela explica que pessoas que ficam muito tempo sentadas - quem trabalha na frente do computador, por exemplo - tem mais chances de desenvolver esse mal, pois a posição e a falta de movimentação não facilita o retorno do sangue que vai até os pés, dificultando a circulação dele e causando até dores nas pernas.

No grupo de risco para adquirir as temidas varizes também está quem é obeso, mulheres que tiveram o tamanho do útero aumentado, com miomas e até as grávidas. Mas calma. É necessário que haja um aumento razoável de peso e, por consequência, da sobrecarga nas veias das pernas, para que alguém nessas condições tenha suas veias dilatadas demais. Além disso, um verdadeiro vilão quando o assunto são varizes é o cigarro. "O tabagismo favorece a aparição delas, porque diminui o colágeno da pele a longo prazo. Ele contrai os vasos, deixando a pele ficar mais pálida e mais transparente", alerta a especialista. Para se ter uma ideia, uma mulher de 30 anos que tenha fumado uns 10 cigarros por dia desde que tinha 20 anos provavelmente terá o teor de colágeno semelhante ao de uma pessoa mais velha, com 42, até 45 anos. Claro que podem haver variações, porque causas genéticas e outras também interferem nos níveis de colágeno da pele. As negras e orientais têm nível maior que as mais branquinhas.

E se você ingere menos proteínas do que seu organismo precisa, cuidado. Como esses nutrientes fazem a manutenção das células, sua pele pode ficar mais flácida. Por isso, é bom ter uma dieta balanceada e que supra todas as necessidades do nosso corpo. Apesar dos vários fatores que contribuem para a má circulação nos membros inferiores, não é tão difícil amenizar as varizes já existentes. "O segredo é ‘atacar’ em duas frentes: facilitar o retorno venoso e aumentar o colágeno da pele", diz Ligia. Para isso, um dos melhores remédios é fazer caminhada. Com a movimentação, o retorno do sangue pelas veias fica muito mais fácil. Para prevenir, andar também funciona. No caso das mulheres que já passaram da menopausa, há tratamentos específicos. "Após a menopausa, a perda de colágeno é muito grande, mas com reposição hormonal isso é bem menos frequente. Uma das vantagens desse tratamento é manter o teor de colágeno da pele. A aparência melhora depois de dois, três meses de reposição. Uma alternativa para quem não pode fazer a reposição é usar cremes a base de hormônios ou outras substâncias que estimulem a produção de colágeno, como hidratantes e ácidos", fala a dermatologista. Hidratar a pele com as veias dilatadas e massageá-la vale a pena, em especial para casos mais graves de varizes, em que a mulher sente dores. Outra dica ótima é, sempre que possível, colocar as pernas para cima, para que fiquem pelo menos perpendiculares ao corpo.

Tratamentos

No consultório, especialistas recorrem a várias técnicas, entre elas a crioescleroterapia, com o objetivo de secar varizes e vasinhos. Com aplicações indolores, uma substância com ativos congelados a 40ºC negativos é injetada nas veias para que sejam secas. Por estar gelada, a substância provoca a contração do vaso, potencializando seu efeito. "É um método de esclerose no qual injetamos o mesmo liquido, que na escleroterapia convencional, ou seja, glicose nos pequenos vasinhos (telangiectasia)", explica o angiologista. A escleroterapia é feita através da injeção no vaso doente de uma fórmula com consistência de espuma por conter gás líquido em sua composição. O uso de ultrassom ajuda a direcionar a aplicação da espuma. O tratamento tem o beneficio de poder ser feito no consultório e sem o uso de anestesia.

"Já no caso do laser, a principal vantagem é o tempo de recuperação. Enquanto que na cirurgia convencional ele é de 15 dias, com o laser o tempo é reduzido para três. O laser é mais usado quando as safenas estão comprometidas". Veja como ele funciona:

Aplicação de Laser - Causa uma pequena lesão nos vasinhos e nas microvarizes, fazendo com que o sistema imunológico envie para as áreas afetadas substâncias cicatrizantes, que logo são absorvidas pelo organismo. Essa técnica é mais indicada para o tratamento de regiões mais sensíveis às picadas como tornozelos e pés. Para os casos mais avançados como das veias azuis-esverdeadas, a associação do laser e da crioscleroterapia permite resultados mais eficazes. A vantagem desse tratamento é que é indolor. Laser Endovascular - Com o auxílio de uma agulha é introduzido no vaso doente um finíssimo cabo de fibra ótica e o bombardeia com aplicações de substâncias especificas, auxillia o combate das varizes grossas. O método tem o intuito de que as veias sequem e seja reabsorvida pelo organismo, sem que haja necessidade da extração da veia. Esse tratamento tem a vantagem de não provocar inchaços ou hematomas, também não requer internação, anestesia ou cortes.


Fonte: Mais Equilíbrio

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