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Teresina registra caso de malária e vigilância epidemiológica investiga

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A malária é transmitida por mosquito infectado pelo protozoário que causa a doença.

O mecânico, de iniciais T. F., de 50 anos, foi diagnosticado com malária em Teresina há alguns dias e o caso agora está sendo invesigado pela vigilância ambiental e epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). O estado do Piauí não é uma área endêmica da doença e o caso preocupa médicos epidemiologistas. 

"O que já sabemos é que ele trabalha em uma oficina mecânica, um local onde param muitos caminhoneiros. Um desses pode ter trazido o mosquito em um caminhão, ou era um paciente com malária. O mosquito picou o caminhoneiro e depois esse senhor de Teresina. Então estamos tomando providências, temos rastrear", declarou a diretora do Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela, Maria das Dores.

Ela destacou que o paciente recebeu tratamento, está se recuperando bem e que até mesmo o diagnóstico foi uma grande surpresa. Isso porque como Teresina não tem incidência da doença e o paciente não realizou viagens recentemente, a suspeita de malária estava praticamente descartada. 

"Eu até admirei o colega ter pensado em malária, porque ele não tem histórico de viagens e não se faz muito essa associação. O período de incubação é de até 60 dias e ele tinha viajado há mais de um ano para Belém. Mas a doença foi confirmada por dois exames, foi administrada a medicação e ele está se recuperando muito bem, reagiu imediamente e já está em casa", disse. 

A diretora falou ainda que o teresinense foi acometido da forma menos grave da doença, que é a viral. 

A doença 

De acordo com o Ministério da Saúde, a malária é uma doença infecciosa febril aguda, que ataca o fígado, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Apresenta cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente. Em caso contrário, pode levar ao óbito. O seu tratamento é simples, eficaz e gratuito.

A maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), área endêmica para a doença. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região endêmica.

 

Maria Romero com informações de Gorete Santos
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