É com bom humor e ainda um pouco de surpresa que Antônia Fontenelle, de 42 anos, faz as contas e diz: “Quando meu neto nascer, Salvatore estará com 5 meses”. Um mês após dar à luz seu segundo filho, fruto do casamento com Jonathan Costa, Antônia concilia a experiência de ser mãe novamente com a novidade de ser avó. Samuel, de 20 anos, fruto do primeiro casamento da atriz com Fernando Almeida, vai ser pai. A notícia pegou a família toda de surpresa, mas Antonia faz questão de dizer que o amor pelo netinho que ainda não chegou já é maior do que tudo. E que juntos vencerão qualquer desafio.

Antônia também fala com carinho sobre a nora, Tabil, de 25 anos - que está grávida de quatro meses. “Eu estou 'a' chata com ela. Pergunto sempre se está se alimentando, peço para não carregar peso... Ela passa muito mal com enjoos, então fico muito preocupada. Falo que não queria ter uma sogra como eu”, brinca a atriz, que ainda não sabe o sexo do bebê, mas torce por um menino. “Vou ser aquelas avós bem babonas. Sou doida pelo Samuel e o Jonathan está superfeliz porque diz que vai ser o avô mais novo da história (risos). A ficha não caiu. Eu sei que ela está grávida, que meu filho vai ser pai, mas a ficha não caiu”, repete.

Paternidade de Samuel: 'Amigos aconselharam a abortar'
Antes da paternidade de Samuel, Antônia conta que o filho pensava em construir uma família apenas aos 40 anos e que a nora é a primeira namorada do rapaz. “Ele sempre falou que ia ter uma menina quando tivesse 40 anos então eu nunca imaginei que aconteceria tão cedo. Ele nunca tinha namorado, aí com a primeira namorada fez um filho. Eu sempre instruí ele a usar preservativo, mas acabou acontecendo”,conta.

Antônia diz que o casal ficou chocado quando os amigos sugeriram que eles não tivessem o bebê. “Ele ficou muito assustado porque vários amigos aconselharam eles a abortar, mas eu falei que nem pensar. Botei logo os dois para morar juntos mesmo com tão pouco tempo de namoro. Eu fiquei com muita pena de eles irem morar juntos só com dois meses de namoro, mas só assim vão aprender, não tem outro jeito. Eu fico cuidando, mas ainda assim são os dois juntos em uma casa e ele não tem a mordomia que tinha quando estava comigo”, pondera.

"Ainda está assustado. Só na prática vai entender"
Mesmo cuidando do pequeno Salvatore, ela fica em cima e faz o que pode para amparar o casal. “Ela é uma menina bacana, independente. Às vezes queria até que fosse mais dependente para eu poder controlar mais (risos). Eu gosto muito dela. E ele, eu percebo que ainda está assustado, entendendo o que está acontecendo. Só na prática vai entender”, diz a atriz.

A chegada do irmãozinho também mexeu com Samuel. “Ele fica olhando o Salvatore, dá um beijinho nele, mas ainda causa uma estranheza. Ele está processando tudo. É um irmão que chegou depois de 20 anos sozinho. Mesmo eu tendo me casado antes, no fim das contas era só eu e ele nesse papel de mãe e filho. Aí vem o irmão e o filho ao mesmo tempo, imagina a cabeça dele?”, fala.

Samuel tem enxergado a experiência da mãe com o irmão como referência. “A vida dele virou de cabeça para baixo mesmo. Ele chegou lá em casa um dia e eu estava amamentando e chorando porque estava com muita dor. Ele falou: ‘Mãe, com toda mulher é assim?’. Eu disse que é. Aí ele: ‘Eu fiz isso com você também quando era pequeno?’. Eu falei: ‘Fez pior, doía muito mais’. Aí ele: ‘E não tem como dar leite comum para não sofrer?’. Daí eu disse que não e que ele não deveria fazer isso com o filho dele, que tinha que incentivar a mulher dele a amamentar. Então é muita coisa para a cabeça de uma pessoa que só vivia no quarto ouvindo música. Francamente, eu fico pensando como vai ser isso. De cara sei que nos primeiros meses preciso colocar uma babá para ajudá-los por mim. Porque não rola deixar eles sozinhos, eles vão ficar muito cansados, vão querer dormir, então é por mim, para eu ficar tranquila”, desabafa.

Grude com os filhos: "Sou muito protetora"
Nesse turbilhão de emoções, Antônia diz que está muito feliz e ainda tem tempo para sentir falta do barrigão. “Não sinto falta do peso da barriga, não, mas essa semana vi umas fotos minhas grávida que me deu saudades de uns momentos da barriga. Na outra gravidez não me lembro de ter sentido isso”, fala.

Ativa, ela já sai para fazer compras e resolver problemas da casa, mas sempre com Salvatore "a tira colo". “Não fico muito longe dele de jeito nenhum. Fico sempre perto. Eu sou muito protetora. Sou assim com o Samuel até hoje. Quero saber aonde está, o que está fazendo. Até com o Jonathan quero saber que horas volta, com quem está”, comenta.“Já daria para fazer algumas coisas sozinha, mas não quero. Quero acostumar a levá-lo para tudo quanto é lugar porque em outubro volto a gravar o quadro ‘Elas querem saber’, no Raul Gil, e quero o Salvatore comigo em São Paulo”, conta ela, que atualmente conta com a ajuda de uma babá durante o dia, mas faz questão de dar conta de tudo do bebê sozinha à noite.

“Eu faço tudo, troco fralda, só não dou banho ainda porque tenho medo, então fiscalizo o banho dele (risos). Com o Samuel eu não trocava fralda até os quatro meses por pura insegurança, achava que ia machucar ele. Agora não. Fiquei totalmente sozinha com o Salvatore alguns dias quando o Jonathan viajou para fazer show e ficamos superbem. Comia com ele no colo, batíamos altos papos, nos ajeitamos”, conta.

Apesar de já ter um filha -  Maithê, de 4 anos, fruto de uma união anterior - Jonathan também está aprendendo aos poucos como lidar com o recém-nascido. “Ele ainda está meio desengonçado para pegar o bebê. Está com barba e quer beijar a criança, então eu fico falando que não pode, mas ele diz que pode porque o filho é macho, daí o bebê depois fica com bolinha no rosto. Ele ainda está aprendendo e ao mesmo tempo eu também sou protetora demais. No começo nem deixava muito o Salvatore no colo dele. Agora que estou deixando mais”, entrega.

Fonte: EGO