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Assassinato de travesti chocou deputados na Assembléia

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O assassinato do travesti Raimundo de Sousa Santos, o Xuxa, morto na madrugada de domingo (31), e cujo corpo foi encontrado com os pés e as mãos amarrados, vísceras expostas e com sinais de abuso sexual, numa horta da região do Grande Dirceu, foi tema de discussão na sessão de ontem (1º) da Assembléia Legislativa do Piauí.

O assunto foi trazido à casa pelo deputado estadual Fábio Novo (PT) que, após elogiar o prestígio da Parada da Diversidade em Teresina, que contou com 20 mil pessoas e provou a modernização da sociedade piauiense, lamentou atitudes hediondas como o assassinato de Xuxa. ?Não é possível que em pleno século XXI um cidadão perca a vida desta forma simplesmente por ter uma opção sexual diferente das convencionais?, analisou Novo.
 

Fábio, que foi aparteado pelo deputado Marden Menezes, lembrou que atitudes do tipo da que foi vítima Xuxa são próprias da Idade Média, onde as minorias eram dizimadas e expostas ao público para servirem de exemplo. ?Hoje em dia não se admite mais isso. O rapaz (Xuxa) teve as mãos e os pés amarrados, não tendo a menor chance de defesa. Há fortes indícios de que o único ?crime? que este cidadão cometeu foi ser homossexual. Esse tipo de coisa deve ser coibida?, reiterou o petista.

O parlamentar acionou ainda ontem a delegada da Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias a fim de pedir que todas as providências cabíveis sejam tomadas para que se prendam os responsáveis pelo crime macabro. O Grupo Matizes também apoiou as atitudes de Fábio, e cobra das autoridades um desfecho satisfatório para mais este crime que chocou a sociedade teresinense. 
 
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Da Redação
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