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Procissão de São Francisco de Assis acontece nesta terça-feira

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Em homenagem ao Dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais e da natureza, também conhecido por ser o santo dos pobres, a igreja católica realiza um grande ato na tarde desta terça-feira. A partir das 17h acontece a tradicional procissão que encerra com missa campal, que neste ano acontece no estacionamento ao lado do Convento de São Benedito, já que a Igreja de mesmo nome está em reforma.

Francisco nasceu na cidade de Assis, na Itália, no ano de 1182. Filho de pais ricos, o jovem Francisco aproveitou sua infância e adolescência desfrutando da sua riqueza e vaidade. No entanto, de acordo com a história católica, Francisco de Assis abandonou toda a vida de riquezas e luxo para "desposar a Senhora Pobreza".

De acordo com o Frei Francisco Lopes, uma das demonstrações de grandeza do santo é ter abdicado do luxo e dos títulos para se dedicar ao próximo. “É alguém que encontrando o Evangelho, muda de vida, que trocou a vida de burguês, de farrista, os seus sonhos pessoais e ideal de vida de ser cavaleiro, de ser nobre e ser guerreiro, e começa a seguir aquilo que ele ouve a partir da leitura do Evangelho, que é deixar os bens, ajudar os outros e ficar cada vez mais parecido com a figura que é Jesus Cristo”, explica em entrevista ao Jornal do Piauí.   

Uma das marcas de São Francisco são os sinais que teria recebido nas mãos, semelhantes às chagas de Cristo. “No final da vida, dois anos antes da sua morte, em que tinha encontro místicos profundos com Jesus chamados ‘estases’, ele estava em uma montanha chamada Alverne, no centro da Itália, e então teve uma visão, dentre outras, viu um anjo com seis asas, um serafim, e viu que também no seu corpo apareceu os sinais da paixão de cristo e por isso é chamado são Francisco das  Chagas. Ele pediu a Jesus essa graça de sentir no corpo a dor e o amor que ele sentiu na cruz quando morreu por todos nós”, descreve Lopes.

Nessa época do ano, muitos devotos de São Francisco passam a usar o marrom, cor característica de São Francisco. E de acordo com o Frei, representa justamente a proximidade do santo com os mais simples. “Não era uma veste religiosa, na verdade era a roupa dos camponeses da época na sua região e somente depois se tornou a distinção dos frades e religiosos que fazem votos, segundo a regra que ele escreveu. E também aqui no Nordeste quando começa o mês de setembro as pessoas começam a usar marrom pagando promessas em sinal de devoção a São Francisco”, relata o Frei. 

E é justamente essa cor que deve preencher a avenida Frei Serafim nesta tarde quando ocorre a procissão que sai do Centro Pastoral Paulo IV, no início da Frei Serafim, no centro de Teresina, até o Convento de São Benedito.

Diego Iglesias 
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