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Furto de rebanho prejudica pesquisa de Instituto de Zootecnia de São Paulo

As pesquisas realizadas pelo Instituto de Zootecnia (IZ) do estado, com sede em Nova Odessa (SP) e Americana (SP), foram prejudicadas após o furto de 44 novilhas da unidade. Os animais  levados na última sexta (7) são fêmeas com idade entre um e dois anos e estão em fase de reprodução. O rebanho era usado em estudo de seleção genética para produção de um tipo de leite que não causa alergia e é saudável ao consumo humano.

O prejuízo estimado, em dinheiro, pelo Centro chega a R$100 mil. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil de Nova Odessa e investiga o crime. Segundo cientistas do Instituto, parte do rebanho furtado tem a genética apropriada para produzir o leite e entraria em reprodução nos próximos meses.

"A geração de bovinhos é demorada e se leva até quatro anos para se formar uma", disse o pesquisador do Centro, Enílson Geraldo Ribeiro. "Nós praticamente perdemos essa geração e nossa pesquisa volta a estaca zero", lamentou. O estudo, de acordo com ele, será atrasado em um ano, pelo menos.

Viabilidade econômica

Outra pesquisa prejudicada pelo furto do rebanho é que avalia a viabilidade econômica de um sistema misto de exploração de pastagens para o gado com madeira de reflorestamento. As novilhas seriam introduzidas ainda em outubro nas áreas em teste. O pesquisador do IZ acredita que os animais foram levados para fins comerciais e não de abate.

Ribeiro tem esperança de recuperar parte do rebanho e faz um alerta para quem trabalho no setor. "Peço a produtores ou a quem atua com leiloeiros que, se encontrarem animais com idade entre um e dois anos, que estejam identificados com brincos numerados, por favor nos avise", ressaltou. 

O rebanho das raças jersey, girolanda e holandesa foi levado de pastagem de uma fazenda de 860 hectares. Segundo o pesquisador do Centro, os suspeitos arrombaram o cadeado de uma das porteiras, entraram no espaço com um caminhão e embarcaram os animais.

Pesquisa

O Instituto de Zootecnia de Nova Odessa (SP) desenvolveu uma pesquisa pioneira para produzir um tipo de leite que não causa alergia pela proteína presente na bebida. Os estudiosos do Centro observaram a composição genética do gado e realizaram o cruzamento apenas entre os rebanhos que apresentaram a proteína Beta Caseína (A2) no organismo que, segundo o estudo, são mais saudáveis para o consumo humano.

Enquanto o leite comercializado tem apenas 11% da presença da proteína A2, no leite do gado com o melhoramento genético, analisado na pesquisa, a existência Beta Caseína sobre para 88,5%, segundo o estudo.

A ideia é disponibizar para o consumo o leite que, de acordo com os cientistas, ajuda a evitar doenças como diabetes e problemas cardíacos.

 

Fonte: G1.

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