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Fundação confirma surto de catapora em Teresina e registra 494 casos este ano

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Com 494 casos neste ano, Teresina está em alerta por conta da catapora, principalmente com a infecção em crianças. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde, já foram notificados 14 surtos e um óbito, além de uma criança internada na UTI.

A epidemiologista da FMS, Amparo Salmito, explica que esta época do ano é favorável para a transmissão da doença e alerta, principalmente aos pais, que atualizem a caderneta de vacinação dos filhos. “É uma ocorrência que todos os anos temos e alguns têm mais ou menos. É muito transmissível. A pessoa que nunca teve, pega se não for vacinado”, relata.

Apesar de ser muito comum e ter alguns tabus, a doença é grave e, segundo a epidemiologista, as pessoas devem procurar um médico em caso de suspeita da doença. “Antigamente as pessoas achavam que sarampo era benigna. Loucura. Essas doenças têm componentes de gravidade com alteração neurológica e pancreática. Só devem ser prevenidas com vacina”, esclarece Salmito.

De acordo com a Fundação Municipal de Saúde, em Teresina, este ano foram notificados 494 casos e 14 surtos. Um dos casos corresponde a uma menina internada no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, no qual a “a FMS faz a investigação das pessoas que tiveram contato com os acometidos pela doença para saber se nesse círculo de pessoas há gestantes ou pessoas imunodeprimidas para monitoramento. Com as outras pessoas, caso haja suspeita, é feita a notificação e a pessoa fica em observação, e em qualquer sinal de alerta, é orientado para voltar ao serviço de saúde”, informou em nota.

A catapora, como é vulgarmente chamada a varicela, é uma doença exantemática viral aguda e altamente contagiosa, caracterizada pelo surgimento de bolhas no corpo, podendo ser acompanhadas de febre moderada e outros sintomas. A doença pode ocorrer durante todo o ano, com picos de incidência nos meses de agosto a novembro. No Brasil a varicela não é uma Doença de Notificação Compulsória.

Segundo a epidemiologista, a principal maneira de evitar a doença é com a vacinação, que em caso de surtos é restrita a ambientes hospitalares, visando a prevenção de casos de varicela grave em indivíduos suscetíveis com alto risco de complicações. “Quando começar, o paciente deve procurar o serviço de saúde e não dar remédio ou botar coisas nas bolhas. Temos postos na cidade, o Programa de Saúde de Família que dá assistência e temos muitas formas de acompanhar os casos. E mais, aquelas crianças que foram vacinadas tem que manter a caderneta em dias”, explica Amparo.

Diego Iglesias
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