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Teresinense precisou trabalhar 98 horas para comprar cesta básica

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Foto: IDEME

O trabalhador teresinense necessitou cumprir, em outubro deste ano, jornada de trabalho de 98 horas e 48 minutos para adquirir os produtos da cesta básica. O dado é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O valor da cesta foi fechado em R$ 395,21, a 18ª mais cara entre as 27 capitais brasileiras. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos previdenciários, verifica-se que o trabalhador da capital remunerado pelo piso nacional, comprometeu, em outubro, 48,82% dos vencimentos com a cesta. Em setembro, o percentual exigido era de 49,70%.

De acordo com o Dieese, o custo do conjunto de alimentos básicos em Teresina registrou queda de  -1,77%, em relação ao valor calculado em setembro. Nos dez primeiros meses do ano, a alta acumulada foi de 15,02%. 

Entre setembro e outubro, dos 12 itens alimentícios pesquisados, seis apresentaram queda de preço, cinco registraram aumento e somente o pão francês não variou. As retrações ocorreram no preço do leite integral (-7,14%), do feijão carioca (-6,84%), da banana (-4,45%), do tomate (-3,73%), da farinha de mandioca (-1,55%) e do café em pó (-0,34%). As elevações foram observadas no preço do açúcar (2,66%), arroz agulhinha (2,13%), carne bovina de primeira (1,77%), do óleo de soja (1,03%) e da manteiga (0,40%). 

Segundo o departamento, o quilo do arroz segue em alta com variação de 2,13%. "Problemas climáticos, resultante do excesso de chuvas na região Sul do país, comprometeram o plantio, ocasionando em aumento do custo de produção e consequentemente do preço do produto", informa o órgão.

A carne bovina de primeira, importante produto da cesta, acumulou alta de 1,77%. A baixa oferta de animais prontos para abate e o aumento das exportações, segundo o Dieese, pressionaram o aumento no preço da carne. 

Já o açúcar cristal apresentou variação de 2,66%. "Mesmo com o crescimento da produção e com a demanda desaquecida, o preço continua elevado devido ao maior direcionamento do açúcar ao mercado externo", informa o Dieese.

Capitais

Houve alta da cesta em 13 cidades, em outras 14, foi registrada redução. As maiores altas ocorreram em Florianópolis (5,85%), Vitória (3,19%), Porto Velho (2,18%) e Maceió (2,12%). As retrações mais expressivas foram observadas em Brasília (-5,44%), Teresina (-1,77%), Palmas (-1,76%) e Salvador (-1,66%).

A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 478,07), seguida de Florianópolis (R$ 475,32) e São Paulo (R$ 469,55). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 366,90) e Recife (R$ 373,66).

 

Hérlon Moraes (Com informações do Dieese)
[email protected]

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